26 April 2011

Hates it.

Quero total controlo, total controlo do meu corpo, da minha mente. Quero poder pensar naquilo que me apetece, e andar para onde quero. Às vezes sinto-me possuída por demónios e dou por mim sem controlo do meu próprio corpo, a querer fazer tudo e a não conseguir fazer nada. E no entanto sou das pessoas que mais defende que nada é impossível. Mas a realidade é que me sinto incapaz de controlar corpo e mente nestes últimos dias. Tento equilibrar-me, tento respirar fundo, mas sou atacada por pensamento sombrios, medos que não me assombravam há muito, medos que achava superados. E no entanto, cá estou eu, a pedir para saírem de dentro de mim, para me deixarem respirar, e andar para onde quero. Tenho de retornar a mim, a pegar nas rédeas que me controlam como a uma marioneta, que fazem de mim o que querem, e que noutros tempos só eu pegava. Talvez me tenha tornado demasiado exigente, e talvez seja mesmo assim que me deva sentir. E no entanto, enquanto liberto as palavras sinto-me melhor, porque por momentos, recupero o controlo das minhas mãos e sou eu que escrevo este texto.
E como se nada fosse, falta-me a respiração, ou o meu coração acelera, e não tenho como o impedir. Já imaginaram não ter controlo sobre vocês mesmos? A única coisa que realmente podemos controlar... Só queria poder voltar a sentir-me assente, respirar fundo, e não me apetecer chorar num minuto, e no outro rir. Só queria não me sentir assim, porque já não me suporto, não suporto não me sentir bem, e não ter o controlo que quero. Quero ser eu, aquela que todos conhecem. Excesso de hormonas, odeio a adolescência.

10 April 2011

Em cheio no coração...


Foram capaz, contra todas as minhas expectativas. Mais uma vez, entreguei-me de coração e alma à amizade, porque acreditei que podia. Voltei a cair na tentação de confiar... mas é algo tão fácil para mim, algo que me vem tão facilmente. E não o esperava, mas claro, ninguém o espera. Pelo menos eu nunca o esperei. Sou uma sonhador. Alguém que acredita que um dia todos vamos conseguir viver em conformidade, sem guerras. Algo imaturo, devo dizer.
Elas agarraram na faca, e quando me avistaram, esconderam-na atrás das costas. Sorriram, abraçaram-me, acolheram-me. E de repente, sem qualquer tipo de aviso, foi então que o senti. A faca a penetrar mais uma vez as minhas costas, a entrar no meu coração, e a desfazer-me. Não houve um pedido de desculpas. Lá fui eu mais uma e outra vez chorar, sem acreditar que tinha voltado a acontecer.
Parti a correr, agarrada ao coração. Deitei-me, à espera que parasse de sangrar, à espera que se acalmasse. Quando finalmente acalmou, percebi que não poderia confiar, nunca mais. Que estava farta daquela sensação de penetração da faca. Farta de me sentir traída, e então desisti. Não olhei para trás, levantei a cabeça, meti o meu coração no sitio e não olhei. Porque nem um último olhar merecem.