26 June 2011

Fases, fases e fases. A adolescência é uma etapa tão complicada, ou então sou que a torno complicada. Apetece-me e vou fazer tudo este verão. Apetece-me desanuviar, não ficar parada, a ver televisão, por mais que eu adore as minhas séries. Apetece-me apanhar o maior bronze da minha vida, correr à noite, ficar na praia até tarde, não ter pressa, para nada, mas não parar, acima de tudo, não parar. Preciso disto, preciso de correr, preciso de respirar, ultimamente parece difícil.
Tenho saudades tuas, mas as minhas palavras parecem já não ter efeito em ti, e tudo o que digo não passa disso: palavras. E antes não era assim, nunca foi. E tu mudaste, e por isso, e neste momento quero focar-me naquilo que tenho, ou não tenho. Não sei, estou tão confusa. A minha cabeça anda às voltas e eu já nada tenho para dizer. Só quero desaparecer e ter as melhores férias.

21 June 2011

Perfeccionismo, vai embora. Perdoa-me.

Deixa-me escrever debaixo das estrelas, mesmo que estas não apareçam. Agora, posso ser eu, posso ser quem eu quiser. Por momentos (estes tão curtos e preciosos), posso esquecer tudo aquilo que me atormenta, e absorver-me em pensamentos mais positivos.
A noite é tão clara e ao mesmo tempo tão incerta. Mas é neste momento que me sinto mais aliviada de tudo o que é mau, de tudo o que odeio, tudo o que me
perturba o sono, e me dá pesadelos. São estes momentos simples e curtos, em que me sento na janela a escrever, e sinto o fresco convidativo da noite, vejo um gato vadio a passar, uma folha a voar, e o vento assobiar que me fazem sentir digna desta vida.
Mas ao mesmo tempo tenho tantos sonhos e tantas expectativas. E por isso agarro-me
com todas as forças à vida... É a única que tenho. Acredito na reencarnação, mas e se não existe? Nada viverei, à espera de esta outra vida para fazer tudo certo. Este perfeccionismo que me mata, que me faz querer voltar atrás, vezes e vezes sem conta, por querer fazer sempre tudo do modo certo.
Acabo por me prender a mim, sem qualquer hipótese de soltura, excepto isto:
pequenas pausas. O gato, o vento, o fresco, o ar na minha face... Quase como um novo começo, mas não é.
Peço desculpa ao rapaz a quem parti o coração, desculpa à amiga a quem fugi quando precisava de mim, ao familiar que não entendi no momento certo, ao arrependido que não perdoei, ao apaixonado que ignorei, à pessoa que mais magoei, ao rapaz que não respeitei, à pessoa que mais amei. E por mais pedidos de desculpa, não me perdoo. Quero fazer tudo certo, ou
perdoar-me.

Quem sabe essa outra vida não existe mesmo, e quem sabe eu posso começar de novo, e gostar de mim. Como sempre sonhei.

15 June 2011

Bottom.

Fundo do poço, é onde estou. Onde tu conseguiste que chegasse. Como é que a pessoa que me põe mais feliz, me consegue pôr tão miserável? Como é que podes ignorar o meu choro? Tu nunca o fizeste, e agora parece-te indiferente. Ouves as minhas lágrimas correram pela cara, e sentes cada traço da minha tristeza, e no entanto não te moves. Sabes aqueles sonhos que toda a gente tem pelo menos uma vez na vida? Aqueles em que sonhamos que estamos tão perto de agarrar algo e não conseguimos lá chegar... É assim que me sinto, não consigo chegar a ti. Talvez por eu estar tão em baixo, e tu tão em cima. E talvez eu seja mesmo muito imperfeita, mas sempre me amaste assim... Apesar da minha teimosia, da minha insistência, de tudo, sempre me amaste assim. E agora, como um turbilhão, tudo em mim passa a defeito, e sou a pior pessoa do mundo.
Estou farta de chorar, farta de adormecer com lágrimas a correrem-me pela cara, farta de me sentir a pior. Tudo isto, num ambiente onde já mo fazem sentir, dia após dia. E esta tormenta continua, e no entanto amo-te tanto, e não vou desistir disto, e de nós. Porque te amo demais para te deixar isto, demais para que caias nos braços de outra, demais para adormecer a pensar que já não és meu. Não ia aguentar, e sei bem disso. E por isso, embora neste momento me encontre no fundo do poço, tenho a certeza que as coisas vão melhorar, e que me vou voltar a sentir bem, como antes, e vamos voltar a ser felizes, como sempre quis, e como até há bem pouco tempo éramos. O que é que mudou?
Consegues ouvir-me? Se consegues, peço-te. Ajuda-me, ajuda-me a manter isto. Porque sei que se aquilo que temos acabar, nenhum de nós acabará bem. E sei bem, que se isto continuar por este caminho, o nosso fim não será "felizes para sempre". Não deixes que isto seja o nosso fim, e ajuda-me a salvar-nos, ajuda-nos a estarmos bem. Já ultrapassamos coisas antes, porque não agora? Eu sei que somos fortes, mas juntos, sozinha não consigo. Amo-te...

13 June 2011

Desculpa a forma como te tratei.

Desculpa pela forma como te tratei. Desculpa todos os anos que te ignorei, que te desprezei, que te mandei abaixo, que te chamei nomes. Todos os momentos em que te bati, todos os momentos em que odiei, e que desejei que desaparecesses. Todos os momentos em que gritei contigo, e disse que te odiava. Todos os momentos em que jurei que tinhas arruinado a minha vida. Desculpa. Desculpa por ter sido tão cruel contigo, por te ter feito sentires-te mal, caíres no chão sem o meu apoio, sem que te ajudasse... Não te dei apoio, desculpa. Desculpa por tudo. Pela forma como não fui o que deveria ter sido. Mas prometo que a partir de agora tudo será diferente.
Aprendi a amar-te, aprendi a aceitar-te, a não te tratar mal, e a perceber que a única razão pela qual te sentias mal, e por vezes ainda te sentes, era apenas eu. Fui horrível, portei-me mal. EU SEI, não posso voltar atrás, não te posso tratar bem desde sempre. O passado é isso mesmo, o passado. Não é algo que se possa mudar. Eu fiz-te mal, tanto mal. Mas volta, preciso de sentir que estás bem, completamente bem. Volta para mim, prometo que desta vez me vou portar bem.
Como é que te pude tratar tão mal? Logo tu, que és tão meu. Eu bati-te, arranhei-te, disse-te que eras a pior coisa na minha vida, que se não fosses tu, eu estaria tão mas tão bem. E quando abri os olhos, já tinhas perdido o controlo. Já estavas completamente fora do meu controlo, e não havia palavra alguma que te fizesse voltar, a ser meu, como antes. Como éramos, como me fazias sentir, tão bem. Mas eu tratei-te mal, e agora aqui estou a pagar o meu castigo.
Agora tenho-te tratado bem, e tu sabes. Cada vez melhor. Quero que te voltes a sentir bem, entendes? Não te quero nervoso, nem fraco. Não quero que voltes a passar fome, como tanta vez te fiz passar, nem que te sintas mal por te obrigar a comer tudo aquilo que me apeteceu pôr em ti. TU tens uma forma, és um ser, mesmo que em mim. Desculpa, corpo. Desculpa a forma como te tratei.