25 December 2010

Ex.


.Estamos rodeados de coisas do passado, objectos, memórias, coisas que nos levam de volta ao passado. Coisas que nos relembram pessoas, ou momentos que podemos ou não querer recordar. Coisas que nos podem fazer bem ou mal. Coisas que nos podem fazer sorrir ou chorar. Eu pessoalmente encontro-me rodeada de ex-coisas. Ex-amigos, ex-namorados, ex-cartas de amor, ex-pedras e pedrinhas da amizade, ex-anéis, ex-coisas que eu dispensava e que me levam de volta ao passado. Um passado negro, triste, onde pairam histórias maldosas, corações partidos, almas quebradas, amizade arruinadas, traições inesperadas, as tais ex-coisas que devem permanecer no passado.
Os objectos ligam-nos ao passado de uma maneira que mais nada consegue, de uma maneira perseguidora, que a menos que nos livremos dos objectos que nos lembram dessas memórias, sempre que os olhamos voltamos ao passado nessa viagem constante. Enquanto não nos livramos desses objectos tarefas como arrumar, organizar, levam-nos de volta àquilo que mais que queríamos apagar. A menos que queiras voltar ao passado, deita essas ex-coisas fora, e vive o presente, esquece o que já foi e vive o que é.

08 December 2010

A minha vida é minha.

Sou dona de mim própria, dona daquilo de faço, e dona daquilo que sou. Controlo todos os meus movimentos e ninguém tem mais poder na minha vida do que eu própria. Sou desconfiada, sou arrogante e muito senhora do meu nariz. Tenho um atitude que pode ser considerada como errada, ou anormal. Tal como tudo, tem uma razão de ser. Eu não permito, não deixo avançar, não deixo que me pisem, não deixo que me passem por cima. Porque em tempos, eu não tive controlo da minha vida. Eu perdi o controlo, sob aquilo que era a minha essência, a minha vida, a única coisa que é suposto eu conseguir controlar. E quando tomei noção disso decidi que nunca mais iria deixar esse controlo fugir dos limites, ou que alguém o dirigisse. A minha vida, é tal como o nome indica, agora, minha, pertence-me.
Eu vivo-me e guio-me. Eu tornei-me naquilo que sou, sem ajudas, porque não há ninguém (ou quase ninguém) em quem possamos realmente confiar, que nos ajude a criar a nossa personalidade, aquilo que vamos ser o resto da nossa vida. Vamos viver com essas decisões para sempre. Aquilo em que nos formamos nesta idade tornasse naquilo em que vamos ser o resto da vida. Tudo aquilo que nos acontece muda-nos, de uma forma ou de outra, para melhor ou para pior, traumatiza-nos ou abre-nos a mente. Não quero ficar presa ao passado, mas não há forma de esquecer.
Sigo em frente porque não há outro caminho, e se há são todos demasiados fáceis, não gosto de caminhos fáceis, gosto de desafios. O desafio é o aqui e o agora. É o amor e o ódio, é a raiva e a paixão, é a amizade e a inimizade, a felicidade e a tristeza, o vai e não vai, o chega e não chega, os nervos e a calma, o quero e não quero, o é agora e o quanto é que falta, tudo. O presente é aquilo que temos de enfrentar. Eu tomo controlo da minha vida, porque quando eu não a controlava fui atropelada, fui magoada, fui rebaixada, fui humilhada, fui estupidificada, fui ignorada. Fizeram de mim uma boneca.
Não deixes que façam de ti boneco, tu és uma pessoa, tens sentimentos, e um cérebro para pensar por ti mesmo. Não deixes que te rebaixem, não deixes que tomem decisões por ti, não deixes que controlem os teus movimentos, não deixes que falem sem motivos, não deixes que te atropelem. Agora eu sou dona de mim mesma, sou independente (talvez demasiado) e exigente com quem quero perto de mim, não deixo pessoas que sei que me vão magoar aproximar-se. Medo? Talvez um pouco, vivo o presente com pessoas que merecem, e me dão valor. Pessoas que entendem o que sou e porque o sou, que me respeitam acima de tudo e me aceitam, que estão lá para o bem e para o mal. Quando estive mal poucos foram os que ficaram...
Sê dono de ti próprio, vive e não esperes que tomem controlo da tua vida.
A minha vida é minha.

05 December 2010

Um.


Procurei-te, procurei-te sem parar. Procurava a pessoa que ia pôr o meu coração a sorrir. Procurava a pessoa que ia fazer com que os meus olhos gritassem de felicidade. Procurava alguém que me entendesse, alguém que encaixasse em mim, alguém que me pusesse o estômago às voltas. Alguém que me fizesse dizer apenas com os olhos: "amo-te tanto". Alguém que me fizesse gritar por dentro: "SOU TÃO FELIZ CONTIGO".
Encontrei aquilo que procurava, sei disso, em cada passo que dou contigo a meu lado, com a tua mão na minha, com o teu olhar posto em mim. Eu sei que estás do meu lado, e é isso que me dá força para dar cada passo que dou.
És a minha força, o meu empurrão quando é preciso, a mão que está lá sempre que preciso, o abraço que mais quero quando estou triste e me apetece chorar, o beijo que eu preciso quando quero amor, as palavras que me confortam, e o furacão que luta contra todas as minhas tempestades. És o que preciso, és quem quero. Ficas?

Amo-te, primeiro mês.

20 November 2010

Como um fogo.

Apareceste sem aviso, sem palavras, sem notificações, apareceste na minha vida. Apareceste como um fogo que incendiou a minha vida, e voltou a fazer-me sentir viva. Apareceste e consumiste-me, o meu coração, o meu amor. Incendiaste não só a minha vida como o meu interior. Fizeste-me sentir nova, feliz, e apaixonada. Voltei a fazer parte deste mundo, trouxeste-me de volta, trouxeste-me daquele mundo onde já estava encerrada há muito. Apareceste e salvaste-me.
Inseguranças e medos consomem-me todos e cada dia, e cada dia mais temo perder-te, temo ficar sem ti, temo que me deixes, temo que estraguem o que temos. Por outro lado acredito em ti, acredito em nós, acredito no nosso amor, acredito naquilo que sentes. Serei naive? Trouxeste também isso de volta a mim, trouxeste essa inocência que lutei para perder, que me fazia acreditar no amor. E fizeste-me voltar a acreditar.
Ao contrário do que esperava, prendeste-me. Prendeste-me a ti, e não me deixaste ir embora por mais que te tentasse afastar, por mais que te dissesse todos os meus defeitos, por mais que te dissesse que não sabias no que te estavas a meter, tu encolheste sempre os ombros e disseste "não quero saber", porque sou eu quem tu gostas, e é a mim que queres. Superaste todas as minhas expectativas, a minha ideia daquilo que alguém podia suportar, a ideia de que jamais alguém me iria aceitar.
Tu aceitaste-me, não só me aceitaste como criaste a ideia na minha cabeça de que não tenho de mudar quem sou, porque é isso que me torna na pessoa que gostas. Fizeste-me sentir bem comigo mesma, e com o mundo, sentir que pertenço. E agora tu pertences, não só ao mundo, como a mim. Pertences-me e estou tudo menos preparada para abdicar de ti. Tornaste-te uma necessidade, um vicio, uma droga. Eu preciso de te ter cada dia comigo, porque mais que namorado és meu amigo, apoias-me acima de tudo e de todos e não queres saber do que os outros dizem ou deixam de dizer, porque para ti o que importa sou eu, e isso para mim é importante.
Eu estou aqui para ti e vou estar. Tu apareceste, chegaste, falaste e como um fogo incendiaste-me, e ainda hoje eu ardo, ardo por ti.
Adoro-te, és meu.

02 November 2010

Falsas.

Criticam tudo e todos que me rodeiam. Criticam basicamente tudo o que não seja vocês. Tudo o que não faça parte de vocês é lixo e "prejudicial para a saúde". O que é que vos posso dizer? Só vos posso dizer que prefiro viver intoxicada de lixo do que perto de pessoas como vocês. Fingem com os vossos sorrisos e mentiras escondem, e quando confrontadas não se passa nada. Falam comigo e sobre a minha mentalidade, mas que moral têm vocês que nem os vossos amigos respeitam?! Viram as costas, e do dia para a noite como se nada fosse já "não se passa nada". Pois bem, guardem a vossa falsidade, metem-me nojo. Prefiro viver sozinha do que com um conjunto de pessoas odiosas que só estão aqui para "parecer bem". Até as pessoas que menos esperava foram falsas, por um lado já sei com o que posso contar, falsas, falsas, falsas! Não mentiram, omitiram, e não é tudo a mesma coisa? Deixem de encobrir os vossos erros, e uma vez na vida assumam o que fazem, deixem-se de: "não sei do que estás a falar". Sempre com conselhos e grandes discursos sobre o meu comportamento. Já olharam para o vosso próprio umbigo? Eu no menor dos casos assumo os meus erros, ao contrário de vossas altezas, sim, vou começar a chamar-vos isso visto que vivem com o rei na barriga. Tantas manias, tantos sítios onde "é correcto estar" e em como eu não me adapto ao vosso crescimento porque me visto de certa forma, ou gosto de ir a certos sítios. A diferença é que debaixo da minha roupa desmazelada e do meu cabelo por arranjar, há uma pessoa que respeita os amigos acima de tudo, não é só "quando lhe apetece". Já devia ter aprendido, já não é a primeira vez, uma vez, duas vezes, três vezes. Mas continuem, entretenham-se a ir a sítios extremamente correctos e a vestir as roupas adequadas. Quando tudo apertar e estiverem no vosso mundo plástico e fútil, onde as amigas são amigas porque "tem de ser", e tiverem problemas, e precisarem de uma amiga real por detrás de todas essas "barbies", chorem. Para mim morreram. Deixem-me ficar com a minha roupa estranha, o meu cabelo despenteado, os meus kilos a mais, o meu comportamento socialmente constrangedor, e o meu pensamento fora doo comum e inadequado e voltem para a vossa vida de falsidade. Até nas amizades escondem segredos umas das outras (e não me refiro só desta vez), e comem os vossos problemas porque são demasiado correctas para exporem os vossos problemas. Tal como muitas outras coisas, não espero que compreendam o texto, nem que admitam que erraram, já vos conheço.
Por outras palavras, fodam-se.

01 November 2010

Fica, por mim. Fica, por nós.

Sem ti fico perdida no meio deste deserto
Sinto tanto a tua falta quando não estás perto
Sinto a tua falta, desse teu carinho,
Dos teus abraços, dos teus beijos, do teu miminho.
Fica comigo bebé, eu preciso de ti
Sinto a tua falta mesmo quando estás aqui
Bem perto de mim, é aqui que eu te quero
E acredita quando digo, é por ti que eu espero.
Sei que és impossível, algo incansável
Mas mesmo assim não desisto, não faço paragem
Para mim és perfeição, não há nada mais perfeito
E só tu mexes comigo daquele nosso jeito
A minha respiração pára cada vez que te vejo
Depois o coração acelera, amor dá-me um beijo
Quero sentir esses lábios, essa tua boca
Dá-me mais um beijo, tu deixas-me louca.
Acho que não tens noção do quanto tu vales
Mas posso-te dizer que estou aqui para todos os males.
Não te quero perder, apesar de não te ter.
Tu não me pertences, nem vais pertencer,
A esperança é pouca mas é a última a morrer
Gosto mais de ti a cada dia que passa
E acredita no que eu digo por mais coisas que eu faça
Contigo só tenho mesmo um dilema
Vou adorar-te para sempre, esse é o problema.
Não, nunca, eu não te vou largar.
Uma coisa podes ter a certeza, nunca te vou abandonar.

Adoro-te.

Sei o futuro.

Eu não quero acreditar
no que está a acontecer.
Eu sei que vais falar,
e eu te vou perder.
Não aguento esta dor
de saber o futuro,
porque já sei o que vais dizer
apesar de estares mudo.
No final do dia,
eu sei, não és meu.
Mas dói tanto
porque sei que aconteceu.
Vou ficar sem ti,
no fundo sempre estive.
E tudo o que eu quero
é ter-te aqui comigo,
mas parece que para ti
nada é suficiente.
Eu adoro-te tanto
Quero um "nós" no presente.
E amor não digas que
estou a pedir de mais,
porque tu sabes bem:
és o meu cais.

Fica.

Eu deliro quando me olhas com esses olhos brilhantes
Quando olhas para mim tudo pára por instantes
O meu coração pára cada vez que te vejo
Eu sou doida por ti, eu só quero o teu beijo
Sonho contigo a toda a hora
E também a toda a hora sou eu quem chora
Isto não pode continuar, isto está errado
Mas aquilo que eu mais quero é ter-te do meu lado
Eu preciso de ti, e preciso que entendas
Eu quero-te comigo, mesmo com problemas
Eu adoro-te, e custa-me mais que tudo
Sabes que por ti ia ao fim do mundo
Sabes bem que tenho muito para dizer
E vou ficar aqui por mais que esteja a sofrer
Não consigo fugir desse teu olhar
Eu fico presa a esse teu amar

Por mais que custe tenho de seguir em frente
Porque o pior criminoso é aquele que mente
Estás tão marcado no meu coração
Não me abandones, por favor, dá-me a tua mão
Não consigo andar sem essa força que me dás
E acredita que não voltava atrás.
Mas as coisas vão ter de mudar
Eu não posso continuar a enganar
Estou farta de te precisar
Eu quero poder-te amar.

Adoro-te.

24 October 2010

No way.

I saw a shadow, and I knew that it wasn't mine
You and her, I know that you were intertwined
Even though, her clothes were on and everything
Your eyes were somewhere else and you were both to blame

Don't say a word

I'm sure that it won't be enough
To erase what I know just happens now, what dreams are made of
This is my house and I won't allow the disrespect
Baby, don't look at me like that
I don't belong to you, run away

'Cause baby now that your caught what am I supposed to say

When you're so wrong in what you did, but I still feel this way
I can't believe it, or forget it, what I saw today
And if you're wondering if I'm staying, answer is no way
No Way (I can't believe it)
No Way (I can't believe it babe)
No Way

Thought that I saw something I know did not belong to me

But then I thought that there's no way you would do that to me
And then last week, when you went outside to use your phone
I felt a chill, but told myself that it was from the cold
And I just woke up, but I wish that it was a nightmare
'Cause when I have those, it isn't real like this one is
This is my heart, and I won't allow the disrespect
Baby, don't look at me like that
I don't belong to you, run away

'Cause baby now that you're caught what am I supposed to say

When it's so wrong that what you did but I still feel this way
I can't believe it, or forget it, what I saw today
And if you're wondering if I'm staying, answer is no way
No Way (I can't believe it)
No Way (I can't believe it babe)
No Way

Get your things and go

You can take the dinner leftover from last night
I made you your favorite,
Goodbye

'Cause baby now that you're caught what am I supposed to say

When it's so wrong that what you did but I still feel this way
I can't believe it, or forget it, what I saw today
And if you're wondering if I'm staying, answer is no way
No Way (I can't believe it)
No Way (I can't believe it babe)
No Way

Heeeey

Oooooh
No Way
No Way

No way - Lady Gaga

23 October 2010

Calem-se.

Falam e falam, com a maior moral do mundo. Vocês desiludiram-me, deixam-me plantada, deixaram-me sozinha. Viraram-me as costas quando mais precisava, não esperava, não esperava mesmo. E o pior é que fugiram da forma mais covarde possível, como se nada fosse, fugiram de tal maneira discreta que eu não dei pela vossa saída. E agora, agora que choro e olho à minha volta vi que estava sozinha.
Porque sim, vocês continuaram a dizer "olá", e continuaram a sorrir, e agora que penso nisso só penso como podem ser tão fingidas, fingidas ao ponto de fingir que ainda se importam. Desistiram de mim, e foram demasiado covardes para me avisar. Tenho defeitos, eu sei, muito, imensos, por vezes até demais. Vocês melhor que ninguém conhecem as minhas raízes, vocês melhores que ninguém sabem o porquê de tanta revolta, vocês melhor que ninguém deviam saber como me sinto e porque tenho certas atitudes. Era isso que esperava de vocês, compreensão.
Em vez disso, quando procurei por ajuda levei com uma pedra, e sem qualquer sinal ou explicação. Decidiram e afastaram-se. Agora sei que estou sozinha, agora sei que não posso contar com vocês. Tantos "estou aqui para tudo", e agora que o meu mundo desaba onde estão? Não estão, e apanharam-me de tal maneira desprevenida, que me deram mais um motivo para chorar.
Calem-se, não podem criticar-me por qualquer atitude que tenha ou deixe de ter, por pior ou melhor que seja, não podem. Eu posso ter muitos defeitos, sou impaciente, impulsiva, instável, idiota, mal criada, paranóica, arrogante, tudo. Eu posso ser tudo, mas fiz de vocês o meu mundo, fiz o meu mundo em vosso torno e vocês fugiram, e deixaram-me a segurar tudo sozinha. Eu posso ter muito defeitos, mas uma coisa vos garanto, eu JAMAIS EM TEMPO ALGUM abandonei/abandonaria uma amiga.
Por isso calem-se, deixem-me em paz.

17 October 2010

Sabem que mais?

Sabem que mais? Já não me interessa, não me importa, e deixei de querer saber. Deixei de sentir, quero voar. Quero fugir, quero sentir aquilo que sinto quando não sinto. Quero sentir aquilo que sinto quando paro de pensar e as coisas acontecem. Quero deixar de pensar e sentir tudo sempre que possível. Quero sentir o vento no meu cabelo, e o sol na minha cara. Quero deitar-me na relva e rebolar, sem medo daquilo que vão dizer ou deixar de dizer. Quero partilhar essa felicidade com alguém ou comigo mesma, quero ser feliz. Quero correr, quero sentir a chuva assim que o Inverno chegar, e correr sem ter medo de escorregar. E se isso acontecer levanto-me. Quero que tudo aconteça e não tenha de pensar, nem chorar por cada coisa que aconteça. Quero alguém que me compreenda e não me faça pensar para saber que gosto da maneira como me faz sentir. Quero vestir aquelas roupas quentes todas que se usam no Inverno, e estar ansiosa por sair de casa todos e cada dia. Quero viver, quero tanto. Quero respirar ar puro, e quero por mais que chova, continuar a sentir a relva. Quero sorrir para quem quer que seja e que o sorriso seja retribuído. Quero representar, dançar, cantar, escrever, namorar, sorrir, correr, gritar, fazer tudo, e tudo uma e outra vez.
E quando acabar? Quero fazer tudo de novo.

16 October 2010

Louca.

Louca.

Louca por ti, louca pela tua respiração perto da minha, louca pelos teus olhares, louca pelos teus beijos, loucas pelos teus mimos (constantes), louca por te ter perto de mim.

Louca, mas louca de uma maneira louca. Mexes comigo de uma forma louca. Demasiado "louca"? Nada disso, tu sabes. Louca pelos teus abraços, louca pelos teus carinhos (louca, louca louca). Vejo-me em ti, tanto tanto. E quando estou contigo, pára tudo, e ficamos só nós. Quero-te na minha vida, quero-te comigo, quero-te aqui e agora. Quero-te sempre
que precisar. E sempre que precisares, não hesites. Já fazes parte de mim, e dá minha vida. Não vou fugir, prometo.

Nunca és demais, és o vicio do qual não quero desistir.
Adoro-te.
Sabes quem és.

Fui.

O orgulho prendeu-te, eu fui e não deste por isso. Agora deste por ti perdido, sem mim, num sitio que sabes não ser agradável. Pois, apesar de tudo, eu sei que precisas de mim e que sentes a minha falta. Não quiseste saber, falaste o que quiseste e o que te apeteceu. Ignoraste todos os meus pedidos de mudança, todas as vezes que te disse que não aguentava mais. Eu fui, fui e não volto. Mas acho que ainda não te mentalizaste que foste tu quem me fez ir embora, e atiras a culpa a pessoas que de nada têm culpa.
Não têm culpa da tua maneira de ser arrogante, nem da tua falta de jeito para te explicares. Nem tu próprio tens culpa, é quem tu és, arrogante. E digo mais, não fico por aqui, és ingrato, por tudo o que fiz, tudo o que eu mudei, tudo o que eu disse, para ti, por ti e contigo. Perdeste uma oportunidade de ser feliz por viveres agarrado a um amor que acabou, um amor que já não existe, e tu insistes em permanecer à espera que volte.
No fundo és um bocado naive, e também não é culpa tua, mas também não é minha. Porém, eu avisei, e pedi, pedi vezes sem conta para que as coisas fossem diferentes, não mudaram. O que mais me enerva é que ages como se nada fosse e continuas com os teus nomes supostamente queridos e os teus "amo-te". Guarda-os para quem realmente amas. Para mim, morreste.


Fui.

11 October 2010

Escolha tua.

Tomaste-me como garantida, foste incorrecto, foste demasiado confiante. Achaste que fizesses o que fizesses nada iria mudar. Acreditaste e apostavas a tua vida em como eu não te virava as costas por pior que me tratasses. E agora? Estás feliz com o que causaste? E agora tentas de forma insistente recuperar-me.
Tu não quiseste pensar, achaste que nem o pensamento valia, achaste que ficaria à tua espera, à espera que quisesses estar comigo, à espera que estivesses pronto para dar mais um passo, à espera que estivesses pronto para me amar. E agora olhas à tua volta, e não me vês à espera em lado nenhum. É demasiado tarde, eu fui embora, como ameacei vezes e vezes sem conta, admite, não estavas à espera, pois não? Com tantas ameaças não esperaste que realmente as cumprisse um dia?
Só fiz o que me pediste, sempre que te dizia: "Juro-te que um dia vou embora.", e tu respondias: "Porque é que não o fazes de uma vez e páras com as ameaças?", e assim o fiz. Fui embora, e não volto.
Não volto, e disso podes ter a certeza. Arrastei-me atrás de ti sem dignidade, orgulho, auto-estima, só porque te amava tanto. E o que é que recebi em troca? Pisaste-me, mandaste-me embora, fizeste-me arrastar-me mais um pouco. Mas agora estou cansada, por isso fica com o teu orgulho.
Fui embora.

09 October 2010

Animal doméstico? Acorda.

Olha bem para mim, tenho ar de quem pode ser travada? Tenho ar de alguém a quem podes pôr uma trela e chamar quando queres ir passear? Tenho ar de alguém que a quem dizes fica e eu fico em casa à espera que chegues para receber uma festinha? Olha bem para mim e responde. Responde porque as tuas atitudes dizem o contrário. Responde, porque caso não respondas a conclusão que tiro é que não me conheces de maneira nenhuma. Eu não sou um animal doméstico, sou selvagem, não fui feita para ficar presa desta maneira, não fui feita para alguém mandar em mim. Olha bem para mim, e vê se me conheces. Achas que é com ciúmes idiotas que me conquistas? Achas que é com proibições que vou comportar-me como me pedes? Achas realmente que isso vai acontecer? Estás tão enganado, eu não sou assim, nem nunca vou ser. Amo-te sim, mas há uma diferença entre amor e escravidão. E tu com o teu orgulho devias saber disso. Achas mesmo que vou abdicar de tudo por alguém que não me dá valor? Abre os olhos, está na altura de crescer.

04 October 2010

O que farias? O que dirias?

Imagina que o mundo pára, imagina que ficas parado no tempo, e que te dão oportunidade de voltares atrás. Corrigires tudo aquilo que consideraste errado da tua parte. Mudavas alguma coisa?
Imagina que te informavam que o mundo ia acabar, que estava a chegar aquele momento que tanto temias, e porque tanto esperavas. Davam-te oportunidade de falares com uma última pessoa, dizer alguma coisa que tenha ficado por dizer. Com quem falavas?
Pensa nisso, falta pouco para o fim.

24 September 2010

Coristas.


Procuro mas está difícil de encontrar o príncipe encantado
Já me falaram dele mas não o vejo em nenhum lado
Palavras e palavras, lá têm eles muitas
Mas além das palavras também têm outra miúdas
Não sou mais uma nessa vossa colecção
Em vez de palavras tentem usar o coração
Almas frias, sem qualquer tipo de sentimento
Pois bem vos digo: comigo nem um momento
Não preciso desses coros, vivo bem assim
Arranjem outras bonecas, fiquem longe de mim
A vossa conversa já eu conheço de trás para a frente
E pergunto-me sinceramente o que é que vai na vossa mente
Não valem um chavo, mas acham-se os maiores
Mas todas as raparigas vos acham os piores
Têm uma auto-estima do tamanho do oceano
Acreditem quando choro não é por vocês que chamo
Ao meu coração nunca hão-de chegar
Esses vossos coros falsos têm de acabar
Já toda a gente vos conhece, comigo isso não pega
Vocês são tão chatos, é sempre a mesma cena
Playboys, ou quebra-corações são só definições
Mas aquilo que eu sei é que não têm corações
Não me mandam abaixo com essas conversas
E se vierem com cenas, eu digo: "tu não prestas"
Tornaram-me desconfiada e difícil de amar
Mas agora que sei como são está na altura de mudar
Vêm devagarinho como quem não quer a coisa
Mas sinceramente já não há ninguém que vos oiça
Chavalas burras, bem enganadas
Acreditam em vocês e dizem estar apaixonadas
Só posso dizer que são umas coitadas
Porque ainda não largaram os contos de fadas
Sei que estou aqui mesmo só de passagem
Mas tinha de deixar esta mensagem.

Eu luto, eu preciso.

Eu luto, e luto e nada para ti parece chegar, com os teus constantes "adeus" magoas-me, e acho que nem te apercebes. Adormeço e acordo a pensar em ti, em todos os momentos que te tive a meu lado, e te beijei, em todos os momentos em que me olhaste nos olhos e me fizeste uma festinha na cara.
Eu sinto que me amas, sinto que aquilo que dizes é realidade, mas tens atitudes idiotas, e comportaste como alguém que não quer saber. Não dás valor, não dás valor ao facto de ter baixado a guarda de modo a poderes entrar no meu coração, não dás valor quando uso a palavra "amo-te", não dás valor quando abdico de tudo para estar contigo. Não percebes porque choro quando me deixas sozinhas, não percebes porque fico triste quando te pergunto se aquilo que sentes por mim é verdadeiro e não sei se pela vergonha se pela insegurança, não consegues responder, e depois com um sorriso muito envergonhado me dizes.
Não sei se fazes daquilo que temos uma peça de teatro, não sei se me interpretas como a boneca que podes usar e deitar fora, tratar mal e a seguir dar mimo. Não sei como encaras aquilo que temos, e se soubesses o que me dói quando dizes: "somos só amigos". Então e quando me beijas? Quando me puxas para ti, e me agarras com todas as forças? Quando me olhas nos olhos? Quando me fazes festinhas enquanto as nossas respirações se cruzam? É só amizade? Não, na minha opinião.
Entendo que estejas magoado, mas não tenho de pagar pelo erro de outra pessoa. O Karma só devia funcionar quando o erro foi meu, e não de outro alguém que desconheço. E questiono tudo aquilo que dizes e sentes quando me dizes "vai embora" mesmo sabendo que é na brincadeira, eu sinto que ainda não me encaixaste no coração, e não me sinto segura. Não sinto... mas preciso tanto de ti, que simplesmente ignoro.

23 September 2010

Espero.


Espero, espero e continuo à espera. Preciso de te dizer que estou aqui, independentemente das tuas indecisões, independentemente das vezes que me fizeres chorar, independentemente das vezes que me afastas e atrais.
Preciso de te dizer que te amo, que te quero, e que não vou embora à primeira falha. Quero que saibas que apesar de não te ter, já tenho medo de te perder, medo de perder o pouco que tenho. Mas eu espero, já te disse que espero, porque já há muito tempo que não me sentia assim com ninguém. Eu amo-te (e quero-te), fica comigo, ficas? Quero sentir a tua respiração todos os dias a meu lado.

E tu sabes que te amo, e que estou aqui.

21 September 2010

É pedir muito?

É pedir muito quando te peço que me mostres que me amas como dizes? É pedir-te muito que não me trates como tratas? Eu penso que não, e mais, eu sei que não, não mereço que me trates assim, não mereço. Não pela forma como te trato, não pelo carinho que te dou, não pela maneira como te falo, não mereço. E tu bem lá no fundo sabes, mas parece que te dá prazer tratar-me assim. Só tenho a tua atenção e amor quando sentes que me estás a perder, e aí sim tu fazes tudo para eu ficar. Quando estou prestes a desistir lá vens tu com o teu "amo-te" e fazes com que volte a sorrir e me volte a sentir bem. Mandas mensagem e chamas-me bebé, e assim te vais safando, assim vou ficando do teu lado, na esperança de um dia te poder chamar namorado.
E as minhas amigas avisam-me, dizem até que vens com uma placa a dizer: "PERIGO PARA O CORAÇÃO" e não sei porquê eu continuo feita idiota à espera que um dia acordes e percebas que me estás a magoar. Criticas tudo em mim, mas parece que não vês os teus defeitos. Faço tudo para me tratares bem mas parece que nada resulta. Toda a gente diz para te esquecer, que não prestas para mim, mas eu continuo à espera da facada final..

16 September 2010

Inconscientemente.

Eu entendo que não compreendas porque certas atitudes me põem triste, eu entendo que não podes estar comigo e que isso não te deixa alternativa, eu entendo que muitas vezes não facilite, eu entendo que seja difícil entrares na minha cabeça e perceberes aquilo que te digo, acredita que entendo. Ando tão triste, e sabendo sem saber o motivo da minha tristeza fui à sua procura. Não tenho grandes resultados, mas ao falar contigo fiquei triste. Não só fiquei triste como entendi que grande parte da minha tristeza és tu, és tu que me fazes chorar à noite antes de dormir, és tu que me fazes passar o dia ansiosa, és tu que fazes o meu coração disparar mesmo sem falar comigo ou estares presente, és tu que me fazes enervar-me à mínima coisa, és tu que estando a centenas, e centenas de quilómetros mexes comigo sem ser preciso palavras ou gestos. Tu não entendes o porquê e eu sinceramente também não, mas és tu que me pões triste sempre que falas e dizes coisas que inconscientemente me magoam, sem teres consciência dos cortes que fazes no meu coração. É em ti que penso quando estou no escuro e o medo se apodera de mim, e me sinto segura. É em ti que eu penso quando imagino o fim do mundo, a pessoa que gostaria de ter a meu lado no último segundo. És tu que me consomes sem teres sequer noção do vicio em que te tornaste. E inconscientemente apoderas-te do meu estado de espírito e destróis tudo aquilo para que tenho lutado, toda aquela protecção que exigi a mim mesma ter, de forma a não mais me magoar. Obrigaste-me, mais uma vez de forma inconsciente a baixar a minha guarda e deixar-te ajudar-me a criar um mundo, um mundo onde não dependia só de mim a felicidade mas sim de nós, um mundo onde são precisos dois para resultar, um mundo onde o sistema solitário não funciona. E mesmo sabendo disto deixaste-me a segurar o mundo nas minhas mãos como quem segura a própria vida, e a lutar para que o fim não chegasse. Foste idiota de mais para não perceber que me estavas a abandonar. Essa tua inocência delicada não chega para entenderes quando magoas, quando fazes chorar, quando me cortas a respiração. E quando sais do nosso mundo, e sempre que entras num mundo novo, com outras pessoa que não eu, na tua inocência sabes que não deves, mas continuas, e continuas, até eu rebentar um dia, e morrer interiormente. Olha à tua volta, vale a pena abandonares tudo, este mundo que criamos, por uns breves momentos de prazer?

07 September 2010

Amo-te?

Amo-te de uma maneira para a qual ainda não foram inventadas palavras, amo-te de uma maneira que corta a respiração. E irrita-me dizer-te que te amo só, porque para mim o amo-te não expressa tudo o que sinto por ti. O amo-te não é suficiente entendes? O amo-te não chega para dizer o que sinto pelo homem que quero para pai dos terroristas, não chega para o homem que quero ao meu lado sem dentes e careca, não chega para o homem a quem quero mandar com o dvd à cabeça cada vez que tivermos uma discussão, não chega para o homem que vai ser o meu homem para o resto da vida. Por isso eu quero palavras novas, palavras que consigam dizer aquilo que sinto por ti.
És o meu tudo, por mais longe ou mais perto que estejas. Podemos falar 24 horas por dia ou não falar e tu estás sempre no meu pensamento. Adormeço todos os dias a teu lado, mesmo que só na minha imaginação, gosto tanto de te sentir comigo. Quando penso em ti a respiração pára, e o coração acelera. Precisas de mais palavras? AMO-TE.

06 September 2010

Voltei.

Parece que voltei a sentir-me, voltei a sentir cada parte do meu corpo, voltei ao meu estado natural e sabe tão bem. Devo dizer que estar doente é a pior coisa que me pode acontecer. Voltei a poder mexer-me sem sentir cada parte do meu corpo a doer, voltei a poder levantar-me da cama sem perder a visão por momentos e sentir que vou cair, voltei a poder falar sem me dar vontade de chorar, voltei a poder comer sem medo, voltei, eu voltei a sentir-me bem. E sinto-me tão bem!

26 August 2010

Game over.

Estou farta, podes virar as costas
Não preciso aqui de ti visto que não sabes de quem gostas
O teu amor é instável, e não sei se verdadeiro
Passo meses sem saber do teu paradeiro
Esqueces que eu existo e vais curtir a vida
E voltas do nada e dás a volta à minha
Eu cansei da tua falta de amor
E assim ponho fim à minha dor
O jogo acabou, está tudo na minha mão
E podes crer que por ti não volto a cair no chão.

Game over.

19 August 2010

Será agora?


És mais importante que a própria vida, eu não desisto, nem vou desistir de ti nunca. És sangue do meu sangue, e nunca vou desistir dessa ligação. Eu amo-te tanto. Eu quero-te a ti do meu lado mais do nunca, eu tenho saudades tuas, eu sinto a tua falta. E a possibilidade de estar contigo faz-me chorar mas de felicidade, porque tu és o meu brilho, és quem me faz continuar, e não desistir. Eu tenho forças para lutar por ti, por ti e por tudo aquilo que mereces. E do que depender de mim tu vais ser feliz. Eu vou estar sempre a teu lado, vou-te fazer feliz, vou-te mostrar que és importante, vou-te mostrar que te quero bem. Nunca mais vou deixar que te façam mal. Tu és tão lindo, és o meu bem, és o meu pequenino.
Nunca, mas nunca vou desistir de ti. E por agora, a única coisa que quero é ter-te comigo. PARA SEMPRE.

18 August 2010

CEGOO!

Acho que estás cego. Cego por algo que obviamente não sou eu. Cego por algo que transcende completamente o meu ser. Eu estou aqui entendes? Tu não vês como eu deliro quando recebo uma mensagem tua, não vês como eu deliro quando oiço essa tua voz rouca, não vês quando eu deliro quando me dizes aquelas palavras queridas. E às vezes dou por mim a pensar que sou demasiado idiota, ou então estás só demasiado cego. Cego, cego, cego! Eu tento mostrar-te da melhor maneira possível, mas parece que todas as nossas conversas me levam ao tão conhecido e seco "ok", seja por alguma coisa que digas ou faças. Parece que achas piada a chatear-me. Mas eu deliro contigo, e isso não muda. Eu adoro-te, e não sei bem porquê. Mas tu chamas-me tanto a atenção, e preciso de te abrir os olhos, mas não sei como. Quero que entendas que és importante, e que por detrás desta capa dura, há uma pessoa doce que te adora, e te quer fazer feliz. Deixa, e abre os olhos.

17 August 2010

Raiva.

Talvez devesse apenas ficar feliz por estares completo, e teres alguém que pelos vistos te ama como dizes que nunca te amei. Talvez devesse apenas ficar com um sorriso na boca, e dar-te os parabéns.
Dei por mim a rever memórias em que provavelmente não deveria ter mexido, memórias que me fizeram lembrar-me de coisas que não queria. Memórias que fizeram despertar a mágoa que ainda existe em mim, a mágoa de ter acabado tudo assim.
Será mágoa? Será ciúme? Será amor? Eu sei que cada vez que te vejo o meu coração dispara, e a minha única vontade é espancar-te até não poder mais. Eu já não te amo, disso tenho a certeza. Mas porquê esta minha reacção? Eu fico feliz por não te ter por perto, e no entanto dou por mim a remexer nesta memórias. Textos que escrevi, fotos que tirei, momentos que passamos, discussões, palavras queridas, expressões perfeitas, sorrisos estampados na cara. Sinto-me tão mal porque não saber porque ainda te odeio assim. Por esta altura já deveria ter passado a fase do ódio. Mas cada vez cresce e cresce mais...
E no entanto sei que já te amei, magoaste-me, mas não foste má pessoa, também não foste boa, mas penso que não fizeste por mal, não foi com intenção. Dói tanto, a ferida ainda está muito aberta. Entreguei-me a ti, de corpo, alma e coração. As coisas acabaram (há séculos), e continuo a sentir-me assim. Só quero que desapareças de uma vez dos meus pensamentos.
Foste egoísta, foste egocêntrico, foste um idiota de primeira comigo, também não fui melhor. Desculpa, odeio-te.

2ª pessoa do singular: Tu.

Chegaste
Fizeste
Disseste
Olhaste
Beijaste
Abraçaste
Conquistaste
Brincaste
Perguntaste
(uma e outra vez)
Cansaste
Mudaste
Sofreste
Choraste
Magoaste
Tentaste
Assustaste
Afastaste
Perdeste

Fim da história, foste tu que o fizeste.


Mudaste, eu mudei.

Vou-te ser honesta, já não sei se te quero. Não sei se te quero como em tempos quis, tu mostraste-me uma faceta tua que sinceramente odiei. Uma faceta que me assustou, me afastou, me fez não te querer mais a meu lado. Adorava a tua maneira de ser, a forma como me metias um sorriso na cara sem fazeres nada. E agora sinto-me sem forças para te dizer que me desiludiste, me magoaste, e me fizeste perder aquilo que eras para mim. Dizes coisas e prometes mudança, mas eu já não acredito. Tu aceleras tudo aquilo que era para ser feito em anos, e eu odeio as tuas pressas. Tens medo que fuja? Parabéns, estás a conseguir que me afaste. Essa tua obsessão faz tudo menos aproximar-me de ti. Assustas-me, já não és o mesmo que conheci. Aquela pessoa divertida que conheci morreu. A única pessoa que consigo ver agora é alguém doente que controla todos os meus movimentos, acções, palavras... Não consigo mais dizer-te que te quero daquela forma especial, rir-me quando dizes parvoíces, e a única coisa que despertas em mim agora é medo. Eu tenho medo daquilo que possas fazer, daquilo que possas dizer. Eu já não te conheço, não conheço aquilo em que te tornaste. Não te posso mentir mais, sim, estou diferente.

13 August 2010

A decisão é tua.

Sempre mudaste tudo, sempre fizeste a diferença. Sempre chegaste e fizeste o que querias de mim. Sempre, todas e cada vez, estalavas os dedos, e lá estava eu, só tua, novamente. E em meros segundos desaparecias. Chegaste e fizeste. Fizeste e disseste. O nosso sentimento nunca morreu, sabemos disso. Mas o meu coração começou a proteger-se tanto de ti, e chegas sempre nas piores alturas. E durante anos tudo aquilo que quis foi ter-te, independentemente de pensar mais ou menos nisso, sempre foste tu que me controlaste. Talvez por seres igual a mim, talvez por sermos tão parecidos. Sempre tive saudades tuas. Todas as minhas memórias vêm de tempos em que já fazias parte da minha vida, já te conhecia. Cresci contigo, vivi contigo momentos que não vou esquecer. Fizeste, e fazes parte de mim. Vives em mim. Chegou o momento, de decidires: Ficas ou vais?
Esta decisão é final, como vai ser? O dado está do teu lado agora.

05 August 2010

Nada é fácil.

Não é fácil largar tudo e começar de novo. Não é fácil criar uma história, um sonho, queimar tudo e começar de novo. Não é fácil apaixonarmos-nos e apagarmos esse amor da nossa memória do dia para a noite. Não é fácil sonhar com algo, e isso nunca acontecer. Não é fácil viver agarrado a uma ilusão. Não é fácil amar e não ser amado. Não é fácil gostar tanto de alguém que nos falta a respiração e não ter essa pessoa por perto. Não é fácil apagar o passado, apesar de todo o arrependimento. Não é fácil, nada é fácil. Tudo, mas tudo é difícil. E ninguém pode dizer o contrário. Os amores prendem-se em nós, as paixões vivem em nós, e os desejos controlam-nos. Não podemos negar nenhum deles, e não podemos porque são eles que nos levam a mexer, são eles que nos dão a motivação. Seja o amor por uma pessoa, por um objecto, por uma actividade. Todo o tipo de amores, paixões e desejos. São eles que nos prendem ou nos soltam. São eles que nos fazem gritar de alegria ou tristeza. São eles que nos fazem chorar ou sorrir. São eles que nos mandam abaixo ou nos dão força para nos levantar. Eles existem. Nada é fácil. Não é fácil querer algo e não ter. Não é fácil depois de uma grande luta não conseguirmos o nosso objectivo. Não é fácil, não é...

04 August 2010

Adolescência.

Tudo mais confuso, tudo mais estranho. É assim, uma fase da vida tão insegura, tão idiota, e ao mesmo tempo a mais apaixonante. É nesta fase que conhecemos algumas das pessoas mais importantes da nossa vida, e também quando cometemos os piores erros. É nesta idade que sentimos tudo com a máxima potência, e à mínima coisa anunciamos o fim do mundo. Somos criticados por nos afeiçoarmos às pessoas com tanta facilidade, e por nos deixarmos enganar. Mas será uma coisa assim tão má gostarmos realmente e de verdade das pessoas com que estamos? Eu não acho. Será assim tão mau termos alguém com quem desabafar e confiar realmente nessa pessoa? Eu acho óptimo. Tudo bem, vai haver sempre alguém que nos vai desiludir, e não é assim a vida? Independentemente de tudo, haverá sempre desilusões e desastres emocionais. Porquê viver com um escudo? Porquê impedir que as pessoas cheguem a nós? Porquê não confiar em ninguém? Haverá sempre alguém que arranjará maneira de nos magoar, e no entanto aqueles que nos queriam fazer felizes não conseguiram por causa da nossa persistente protecção. Chega! Esta é uma das melhores fases. Pode ter muito drama, muito choro, muita violência emocional, tudo de mau. Mas tem amor na sua máxima potência, amizade a toda a hora, confiança acima de tudo. Esta é a fase que forma pessoas, que forma seres, que nos mostra quem somos. É aqui que me quero apaixonar, é aqui que quero arranjar as minhas amigas e amigos para a vida, é aqui que quero aprender tudo (rápido e bem), é aqui que me quero transformar naquilo que sempre sonhei: eu própria.
Bem-vindos à adolescência.

02 August 2010

Eu.

Todos os dias me deparo com pessoas a questionarem-se sobre o meu comportamento, a minha maneira de ser, a minha maneira de olhar, a minha maneira de pensar, a minha maneira de sorrir, e acima de tudo a minha maneira de viver. Todos os dias sou julgada e oiço opiniões sobre aquilo que as pessoas pensam que eu sou. Pessoas que na verdade não conhecem uma vírgula de mim. Sabem que mais? Eu sou uma força da natureza. Sou um animal selvagem que nunca ninguém saberá controlar. Sou dona de mim própria e tenho a minha maneira muito única de pensar. Os meus pensamentos nunca passarão pela cabeça de ninguém. A minha cabeça jamais será entendida. E o meu comportamento compreendido. Problemas com isso? Nenhuns... Dúvidas? Não, eu conheço-me. Medo? Já tive mais. Vontade de ser eu própria? Toda e mais alguma. Sou feliz assim? Sem me questionar. Porquê? Porque eu sou a Filipa, e conheço-me.

01 August 2010

Custa.


Apareceste como um furacão na minha vida e com as tuas palavras quebraste o escudo que havia à volta do meu coração. Ninguém o quebrava, e do dia para a noite apareceste tu... e fico tão feliz por saber que te tenho. Contigo deixei de ser fria, tu aqueceste de novo o meu coração e sabe bem. Como um furacão revolucionas a minha vida a cada dia que passa, e sinceramente a opinião dos outros não importa. Porque como há muito tempo não fazia, ignorei a opinião de toda a gente sobre a nossa união. Como um furacão concentraste-te no meu todo, e não apenas na minha capa, fizeste por me entender, fizeste por me conquistar. E a verdade é que todas aquelas lágrimas foram sinal de amor por ti. A verdade é que entraste no meu coração e fizeste-me esquecer tudo e ignorar o mundo. Custa-me todos os dias não te ter a meu lado, não ouvir a tua voz no meu ouvido, não sentir os teus lábios, não sentir as tuas mãos nas minhas costas. Custa-me saber que choras pela minha ausência. Mas tu aí permaneces como um furacão à minha procura, não para me destruir, mas sim para me agarrares e fugires comigo. E eu continuo aqui como quem espera que apareças, e me leves, para junto de ti. Aguardo por esse dia, até lá... Sinto a tua falta.

04 July 2010

Quem és tu afinal?

Nada daquilo que me dizes está a fazer sentido. As tuas palavras atropelam-se e na minha cabeça não passam de coisas parvas sem sentido que dizes sem pensar. Dizes que me amas mas que não podes estar comigo. Dizes que me queres mas que tens medo. Dizes tanta coisa, e eu continuo a pensar como fui uma idiota em apaixonar-me por alguém como tu. Julgava-te tão diferente, e agora aqui estou eu, a sentir o meu coração a ser cortado aos bocadinhos, e sinto uma vontade tão grande de te espancar. Não vales metade daquilo que mostravas. Aparece outra pessoa e tudo aquilo que tínhamos desaparece? Cada vez acho mais que és uma perda de tempo, alguém que não merece a minha atenção, alguém que me quer magoar, tal como tanta gente que já apareceu na minha vida. Tornaste este lugar onde me encontro agora num buraco negro, sinto-me perdida aqui. Estava tão habituada à tua perfeição imperfeita, e agora não passas de um caco. Deste-me esperanças para agora me tirares tudo, e dizeres que apesar de me amares não podes estar comigo. És um inútil, um idiota, e digo-te mais não tens sentimentos. Cortas-me a respiração, tiras-me a vida como num hospital, a meio de uma operação. Magoas-me de uma maneira e acreditas ser o mais correcto, visto que és demasiado infantil para assumir o que quer que seja. Eu perdi-me em ti, e por mais palavras que uses vai ser tão complicado para mim acreditar que me amas como dizes amar. Isso é um sentimento tão forte, e quem ama não magoa assim. Quem és tu afinal? És a crueldade em pessoa, e não tomas responsabilidade pelos teus actos. E para ti está tudo bem assim. Dizes para te esquecer se for melhor para mim, e finges preocupar-te comigo. Pois bem, guarda as tuas preocupações para a outra pessoa que parece ser tão importante para ti. Para mim? Parece-me que é o fim.

01 July 2010

Revoltada.

Cansada. É a palavra que melhor me define neste momento. Cansada dessas regras sem sentido que me tentam impor e que eu me recuso a cumprir. Cansada de tentar mostrar a pessoas que não querem saber que me preocupo com elas. Cansada de viver neste circulozinho que me foi imposto e onde me recuso a andar. Cansada de me esforçar por quem não merece. Cansada de tentar agradar. Cansada de dar a minha opinião e ser atacada. Tenho noticias. CANSEI-ME. Cansei-me de me arrastar, de me esfolar cansei-me. Precisas de mim? Diz-me. Não dizes? Problema o teu. Queres-me? Faz por me teres. Não fazes? Não tens. Lutaste e não me conseguiste? Tivesses pensado antes de me partires o coração. Queres que vá atrás de ti? Mostra-me que vales a pena. Estás a sofrer? É porque mereces, já passei por isso. Também estás cansado? Revolta-te. Não levou a nada nenhum? É porque não prestas. Não te dou valor? Olha-te ao espelho antes de falares de mim. Não sou a rapariga perfeita? Nunca fui, compra uma barbie. O meu estado? Revoltada. O jogo acabou, eu cresci.

25 June 2010

Parabéns huguinho.


Nem sei por onde começar. Fazes hoje 11 anos, e 11 anos apenas e já passaste por tanto meu pequenino. Escrevo-te porque não tenho como falar contigo, não tenho como te transmitir aquilo que te quero dizer. Por isso escrevo, mesmo sabendo que não vais ler. Eu tenho muitas saudades tuas, e sinto a tua falta a cada segundo que passa. Hoje, neste dia tão importante, queria estar a teu lado, abraçar-te e dizer-te que és das pessoas mais importantes para mim. Não te tenho ao meu lado, e a culpa disto é só de uma única pessoa, e não é de nenhum de nós. Imagino a quantidade de vezes que adormeceste a pensar se algo daquilo que se passou seria culpa tua. Não é! Não é meu pequenino! Eu quero TANTO mas TANTO ter-te do meu lado, a sério. Neste dia tão especial, quero que saibas que dava TUDO para te ter comigo. Nunca penses que desisti de ti, nunca penses que deixaste de ser importante, no fundo sabes que nunca mas nunca me irei esquecer de ti. Penso em ti todos os dias, e não há um dia que me esqueça da tua existência. Como eu odeio quem nos separa, como eu gostava de te poder tirar daí. Ainda sou tão nova, mas acredita que o meu amor por ti NUNCA vai morrer. AMO-TE IRMÃO DA MINHA VIDA. Parabéns.

24 June 2010

Brisa.

Surges como uma suave brisa, e não avisas que vais chegar. Surpreendes com o teu sorriso, e fazes-me sentir tão bem. Quando sorris sinto que não preciso de mais máscaras, que não preciso de esconder quem sou, de agir de uma forma diferente só para criar a pessoa que provavelmente gostarias, porque gostas de mim assim. Quando sorris sinto a minha barriga às voltas. Estando o tempo que estiver sem falar contigo, ou sem ver o teu sorriso, o pensamento está sempre lá, não me sais da cabeça, um segundo. O teu nome passa na minha cabeça a toda a hora. És a suave brisa que arrefece o sangue quente que atravessa as minhas veias, e que me faz sentir como se não precisasse mais nada sem ser do teu sorriso. Não te digo nada, e não preciso de dizer, acho que tu sabes. Sabes que quando sorrio daquela forma quer dizer qualquer coisa, e no entanto mal me conheces. Mas sabes que naquele preciso segundo do momento em que sorrio para ti significa algo mais. Fechei-me tanto no meu buraquinho, e sabe tão bem não ter de me proteger quando apareces.
Mas o teu sorriso, o teu sorriso... É a minha brisa fresca num dia quente de verão.

17 June 2010

Mágoa.

Tu não medes as tuas palavras, não te dás contas dos teus actos, e quando te apercebes esperas que tenha a máxima compreensão e bata palmas por tudo aquilo que fazes, mesmo quando está errado. Errado não, mais que errado. Tu não te preocupas com aquilo que sinto ou deixo de sentir, não queres saber. Tens o rei na barriga, e depois tens aqueles breves momentos de fraqueza em que reconheces que erraste. Não quero perdoar-te. Estou farta de ser espezinhada, de dar tudo do meu ser e ser agredida psicologicamente desta maneira. Nunca fui violenta contigo, não com a intenção de te magoar, sempre tive cuidado contigo. Mesmo quando em tempos não querias saber sequer da minha existência eu estava lá sempre. O que é que te importaste com isso? NADA. É isso que significo para ti: nada. Como é que é suposto perdoar-te? Explica-me. Eu não sei o que continuo a fazer, tu não me dás valor, e isso não vai mudar. Eu não te posso continuar a perdoar a saber que vais continuar a fazer o mesmo, a magoar-me, a afastar-me. Eu não te quero perdoar a saber que vais voltar a repetir. Guarda as tuas palavras e frases feitas para alguém a quem dês valor. Pedes-me para pensar, mas eu não sei, não sei mesmo. Tu só me magoas, e continuas a tentar. E sim, a única maneira de não o fazeres é fazer-te desaparecer para sempre.

16 June 2010

Frio.


Tu não tens sentimentos, és um animal. Não sei o que tens que tanto me encanta. Tu todos e cada dia mais me mostras que não vales a pena e eu continuo aqui, feita idiota, à espera que mudes. A verdade é que não é por falta de aviso, todos me dizem para ter cuidado, e eu sempre com uma vontade imensa de bater com a cabeça na parede. Eu não aprendo e nada parece mudar. Farta de pessoas como tu, sem coração, frias. És um monstro e juro que te quero odiar, não mereces nada. Eu não sou como as outras a que estás habituado, se é isso que achas dá meia volta e vai embora. Já tenho a minha vida demasiado cheia de pessoas como tu. Estou com uma raiva tão grande de ti neste momento. Quem é que julgas que és? Alguém poderoso, presumo. Não te quero comigo mas sinto a tua falta quando não estás. Não estou apaixonada mas não me és indiferente. És um idiota, e nem esta atenção mereces. O que é que eu estou a fazer com um idiota como tu sem qualquer tipo de interesse em mim? Tu vais arrepender-te de tudo aquilo que me fazes, e não falta muito. E nessa altura vamos ver quem faz o quê por quem. És pior que mau. Não esperes o meu perdão. Não te quero ver à minha frente sequer, e escusas de vir com falinhas mansas porque para mim perdeste todo o valor. Numa coisa estava certa, já consigo proteger-me de pessoas como tu. Se o teu objectivo era magoar-me, lamentavelmente não conseguiste. E mais uma vez: eu avisei.

You don't know what you got 'till it's gone.

13 June 2010

Mãe? Não sei o que é.

Ultimamente tenho-me sentido triste por causa de um assunto que não me incomodava há já muito tempo: mãe. Até me faz confusão dizer essa palavra em voz alta, tão poucas vezes que a disse direccionada à mesma. A realidade é esta: a minha mãe não presta. Mas tantas vezes vejo filhas a passearem com as mães, planos de tardes inteiras, e sinto falta disso, falta de uma coisa que muito honestamente nunca tive. A falta de alguém com quem conversar que não tenha a minha idade e muita porcaria na cabeça, alguém em quem possa confiar a vida. Falta daquele abraço de mãe que nunca tive, pelo menos verdadeiro. Falta de chegar a casa e dizer: "CHEGUEI MÃE!", coisa que nunca fiz. Pela primeira vez em muito tempo, este assunto voltou a incomodar-me, voltou a tirar-me a vontade de dormir, pôs-me a pensar o porquê de me ter calhado alguém assim. Afundo-me nas minhas leituras, e tento imaginar como seria se tivesse uma mãe, mas uma das boas. Eu não quero ter uma mãe só-porque-sim, gostava de ter uma mãe porque poderia ensinar-me a ser de outra forma. É claro que tenho o pai, e ele faz muito, às vezes demasiado, por mim. Mas precisava daquela presença feminina, não sei se entendem o que quero dizer. Não sei se me sei expressar. Talvez tenha esta forma de ser por não conhecer outra. Tornei-me uma mulher bem melhor do que o modelo inicial (a minha suposta mãe), mas mesmo assim, sinto que podia ser melhor, se tivesse nascido com outra mãe, alguém presente, que não me abandonasse a cada oportunidade e não me tratasse mal a cada segundo.
Odeio a forma como ela se vitimiza, como se isto a afectasse de alguma forma. Eu é que tive de crescer sem uma mãe, não ela. Eu é que tive de aprender a ser mulher sozinha, eu é que tive de saber como agir, ou tentar agir como uma verdadeira mulher. Talvez por isso esteja sempre tanto na defensiva... Não me tomem por vitima, preferia mil vezes crescer como cresci do que ao lado daquela aberração, mas por vezes, uma mãe faz falta.

12 June 2010

O meu caminhar.

O suave barulho do caminhar, é tudo aquilo que oiço neste momento. Sabe tão bem ouvir isto, e apenas isto. Sinto-me calma. Claro, depois de sair de uma das piores festas a que já fui, e ouvir das piores músicas que já ouvi, sabe bem ouvir o silêncio, junto com o meu caminhar. Sinto-me bem, sinto o sossego a penetrar o meu corpo, e a deixar-me assim, sem jeito de caminhar. Os meus sonhos estão tão ardentes nesta noite fria, e isso aquece-me. E o meu coração bate bate, e tenta corrigir o meu andar sem sentido. Mas nada me parece alterar nesta noite escura e fria.
Hoje durante aquela festa miserável, fui a um café (na tentativa de comer alguma coisa, visto que as bifanas da festa estavam intragáveis) e entrou um senhor no café, e pediu um whisky, ou qualquer coisa assim parecida com álcool. Talvez ande a ler demais, e tenha começado a fazer filmes na minha cabeça, mas a realidade é que naquele preciso momento comecei a imaginar a vida daquele homem que me era tão desconhecido, como ainda agora.
Será que tinha tido um longo dia de trabalho e queria descontrair um pouco antes de voltar para casa para os braços da mulher e dos filhos? Será que não passava apenas de um alcoólico a alimentar o seu vicio? Será que era um solteiro a tentar esquecer o facto de não encontrar alguém que o amasse? Passaram-me tantas hipóteses pela cabeça. A realidade é que naquele preciso segundo, senti pena daquele individuo. Tinha um olhar vago e ao mesmo tempo desorientado. Parecia que não sabia definir o seu estado, nem o que andava a fazer.
E na minha volta para casa, quando estava a caminhar e ouvir os meus próprios passos, nunca me senti tão pacifica e calma. Não estava num café qualquer a pedir um whisky duplo, a tentar esquecer a vida. Estava a caminhar para minha casa, o meu lar, onde pertenço. Talvez aquele homem não sinta que tenha um lar...

Insegurança.



Porque esperas?
O que temes?
Faz o que quiseres,
Não me feres.

Não agora
Estou protegida,
Não vais conseguir
Tocar na minha ferida.

Dá a cara
Não me metes medo
O que é que tens para dar?
Ainda é demasiado cedo?

Não te temo
A mim já não me afectas.
Podes virar as costas
Não te atrevas

Estou pronta para ti
Aqui te espero
De braço abertos
E tudo eu tolero

Não és um inimigo
Não agora
Finalmente chegou o momento
Chegou a hora

Vamos ver quem é
O verdadeiro monstro desta história
E lembra-te que só os vencedores
Ficam na memória.

Insegurança dizes tu
É o teu nome verdadeiro?
É esse o teu nome?
Mostra-me o teu paradeiro.

Estou aqui para te vencer
E nada te tenho para oferecer

A ti eu te matei,
E de ti me livrei.

Apaguei-te da minha memória
E acaba aqui a história.


Segura.

O teu toque prende-me, e digas o que disseres não o consigo evitar. O teu olhar prende-me a ti, e não me deixa virar-te as costas por mais que queira. Não me assustas, não me afugentas, não tenho medo, sinto-me segura. Sinto-me tão bem nos teus braços. Não saias daqui, a tua presença conforta-me. Não te vi o dia todo, e no entanto agora estás aqui, ao pé de mim. A tua respiração, o teu toque, o teu beijo, só o facto de estares aqui. És tão importante. És a minha droga, o meu veneno, que me mata e me vicia ao mesmo tempo. Dás-me força. Entrei em transe, a tua presença devora-me, mas sabe tão bem. Nada importa agora, estás aqui. Ouve a minha respiração, sente a minha pulsação, escuta o meu coração.
Descontrolas-me, e no entanto tens-me sob controlo. Não deixes esta sensação desaparecer. Voa. Os teus lábios são tão doces, e sabes sempre como me beijar. Os meus olhos brilham quando olho para ti, e as tuas mãos agarram-me. Sinto-me tão segura. Adoro-te. Obrigado por me fazeres feliz.