25 June 2010

Parabéns huguinho.


Nem sei por onde começar. Fazes hoje 11 anos, e 11 anos apenas e já passaste por tanto meu pequenino. Escrevo-te porque não tenho como falar contigo, não tenho como te transmitir aquilo que te quero dizer. Por isso escrevo, mesmo sabendo que não vais ler. Eu tenho muitas saudades tuas, e sinto a tua falta a cada segundo que passa. Hoje, neste dia tão importante, queria estar a teu lado, abraçar-te e dizer-te que és das pessoas mais importantes para mim. Não te tenho ao meu lado, e a culpa disto é só de uma única pessoa, e não é de nenhum de nós. Imagino a quantidade de vezes que adormeceste a pensar se algo daquilo que se passou seria culpa tua. Não é! Não é meu pequenino! Eu quero TANTO mas TANTO ter-te do meu lado, a sério. Neste dia tão especial, quero que saibas que dava TUDO para te ter comigo. Nunca penses que desisti de ti, nunca penses que deixaste de ser importante, no fundo sabes que nunca mas nunca me irei esquecer de ti. Penso em ti todos os dias, e não há um dia que me esqueça da tua existência. Como eu odeio quem nos separa, como eu gostava de te poder tirar daí. Ainda sou tão nova, mas acredita que o meu amor por ti NUNCA vai morrer. AMO-TE IRMÃO DA MINHA VIDA. Parabéns.

24 June 2010

Brisa.

Surges como uma suave brisa, e não avisas que vais chegar. Surpreendes com o teu sorriso, e fazes-me sentir tão bem. Quando sorris sinto que não preciso de mais máscaras, que não preciso de esconder quem sou, de agir de uma forma diferente só para criar a pessoa que provavelmente gostarias, porque gostas de mim assim. Quando sorris sinto a minha barriga às voltas. Estando o tempo que estiver sem falar contigo, ou sem ver o teu sorriso, o pensamento está sempre lá, não me sais da cabeça, um segundo. O teu nome passa na minha cabeça a toda a hora. És a suave brisa que arrefece o sangue quente que atravessa as minhas veias, e que me faz sentir como se não precisasse mais nada sem ser do teu sorriso. Não te digo nada, e não preciso de dizer, acho que tu sabes. Sabes que quando sorrio daquela forma quer dizer qualquer coisa, e no entanto mal me conheces. Mas sabes que naquele preciso segundo do momento em que sorrio para ti significa algo mais. Fechei-me tanto no meu buraquinho, e sabe tão bem não ter de me proteger quando apareces.
Mas o teu sorriso, o teu sorriso... É a minha brisa fresca num dia quente de verão.

17 June 2010

Mágoa.

Tu não medes as tuas palavras, não te dás contas dos teus actos, e quando te apercebes esperas que tenha a máxima compreensão e bata palmas por tudo aquilo que fazes, mesmo quando está errado. Errado não, mais que errado. Tu não te preocupas com aquilo que sinto ou deixo de sentir, não queres saber. Tens o rei na barriga, e depois tens aqueles breves momentos de fraqueza em que reconheces que erraste. Não quero perdoar-te. Estou farta de ser espezinhada, de dar tudo do meu ser e ser agredida psicologicamente desta maneira. Nunca fui violenta contigo, não com a intenção de te magoar, sempre tive cuidado contigo. Mesmo quando em tempos não querias saber sequer da minha existência eu estava lá sempre. O que é que te importaste com isso? NADA. É isso que significo para ti: nada. Como é que é suposto perdoar-te? Explica-me. Eu não sei o que continuo a fazer, tu não me dás valor, e isso não vai mudar. Eu não te posso continuar a perdoar a saber que vais continuar a fazer o mesmo, a magoar-me, a afastar-me. Eu não te quero perdoar a saber que vais voltar a repetir. Guarda as tuas palavras e frases feitas para alguém a quem dês valor. Pedes-me para pensar, mas eu não sei, não sei mesmo. Tu só me magoas, e continuas a tentar. E sim, a única maneira de não o fazeres é fazer-te desaparecer para sempre.

16 June 2010

Frio.


Tu não tens sentimentos, és um animal. Não sei o que tens que tanto me encanta. Tu todos e cada dia mais me mostras que não vales a pena e eu continuo aqui, feita idiota, à espera que mudes. A verdade é que não é por falta de aviso, todos me dizem para ter cuidado, e eu sempre com uma vontade imensa de bater com a cabeça na parede. Eu não aprendo e nada parece mudar. Farta de pessoas como tu, sem coração, frias. És um monstro e juro que te quero odiar, não mereces nada. Eu não sou como as outras a que estás habituado, se é isso que achas dá meia volta e vai embora. Já tenho a minha vida demasiado cheia de pessoas como tu. Estou com uma raiva tão grande de ti neste momento. Quem é que julgas que és? Alguém poderoso, presumo. Não te quero comigo mas sinto a tua falta quando não estás. Não estou apaixonada mas não me és indiferente. És um idiota, e nem esta atenção mereces. O que é que eu estou a fazer com um idiota como tu sem qualquer tipo de interesse em mim? Tu vais arrepender-te de tudo aquilo que me fazes, e não falta muito. E nessa altura vamos ver quem faz o quê por quem. És pior que mau. Não esperes o meu perdão. Não te quero ver à minha frente sequer, e escusas de vir com falinhas mansas porque para mim perdeste todo o valor. Numa coisa estava certa, já consigo proteger-me de pessoas como tu. Se o teu objectivo era magoar-me, lamentavelmente não conseguiste. E mais uma vez: eu avisei.

You don't know what you got 'till it's gone.

13 June 2010

Mãe? Não sei o que é.

Ultimamente tenho-me sentido triste por causa de um assunto que não me incomodava há já muito tempo: mãe. Até me faz confusão dizer essa palavra em voz alta, tão poucas vezes que a disse direccionada à mesma. A realidade é esta: a minha mãe não presta. Mas tantas vezes vejo filhas a passearem com as mães, planos de tardes inteiras, e sinto falta disso, falta de uma coisa que muito honestamente nunca tive. A falta de alguém com quem conversar que não tenha a minha idade e muita porcaria na cabeça, alguém em quem possa confiar a vida. Falta daquele abraço de mãe que nunca tive, pelo menos verdadeiro. Falta de chegar a casa e dizer: "CHEGUEI MÃE!", coisa que nunca fiz. Pela primeira vez em muito tempo, este assunto voltou a incomodar-me, voltou a tirar-me a vontade de dormir, pôs-me a pensar o porquê de me ter calhado alguém assim. Afundo-me nas minhas leituras, e tento imaginar como seria se tivesse uma mãe, mas uma das boas. Eu não quero ter uma mãe só-porque-sim, gostava de ter uma mãe porque poderia ensinar-me a ser de outra forma. É claro que tenho o pai, e ele faz muito, às vezes demasiado, por mim. Mas precisava daquela presença feminina, não sei se entendem o que quero dizer. Não sei se me sei expressar. Talvez tenha esta forma de ser por não conhecer outra. Tornei-me uma mulher bem melhor do que o modelo inicial (a minha suposta mãe), mas mesmo assim, sinto que podia ser melhor, se tivesse nascido com outra mãe, alguém presente, que não me abandonasse a cada oportunidade e não me tratasse mal a cada segundo.
Odeio a forma como ela se vitimiza, como se isto a afectasse de alguma forma. Eu é que tive de crescer sem uma mãe, não ela. Eu é que tive de aprender a ser mulher sozinha, eu é que tive de saber como agir, ou tentar agir como uma verdadeira mulher. Talvez por isso esteja sempre tanto na defensiva... Não me tomem por vitima, preferia mil vezes crescer como cresci do que ao lado daquela aberração, mas por vezes, uma mãe faz falta.

12 June 2010

O meu caminhar.

O suave barulho do caminhar, é tudo aquilo que oiço neste momento. Sabe tão bem ouvir isto, e apenas isto. Sinto-me calma. Claro, depois de sair de uma das piores festas a que já fui, e ouvir das piores músicas que já ouvi, sabe bem ouvir o silêncio, junto com o meu caminhar. Sinto-me bem, sinto o sossego a penetrar o meu corpo, e a deixar-me assim, sem jeito de caminhar. Os meus sonhos estão tão ardentes nesta noite fria, e isso aquece-me. E o meu coração bate bate, e tenta corrigir o meu andar sem sentido. Mas nada me parece alterar nesta noite escura e fria.
Hoje durante aquela festa miserável, fui a um café (na tentativa de comer alguma coisa, visto que as bifanas da festa estavam intragáveis) e entrou um senhor no café, e pediu um whisky, ou qualquer coisa assim parecida com álcool. Talvez ande a ler demais, e tenha começado a fazer filmes na minha cabeça, mas a realidade é que naquele preciso momento comecei a imaginar a vida daquele homem que me era tão desconhecido, como ainda agora.
Será que tinha tido um longo dia de trabalho e queria descontrair um pouco antes de voltar para casa para os braços da mulher e dos filhos? Será que não passava apenas de um alcoólico a alimentar o seu vicio? Será que era um solteiro a tentar esquecer o facto de não encontrar alguém que o amasse? Passaram-me tantas hipóteses pela cabeça. A realidade é que naquele preciso segundo, senti pena daquele individuo. Tinha um olhar vago e ao mesmo tempo desorientado. Parecia que não sabia definir o seu estado, nem o que andava a fazer.
E na minha volta para casa, quando estava a caminhar e ouvir os meus próprios passos, nunca me senti tão pacifica e calma. Não estava num café qualquer a pedir um whisky duplo, a tentar esquecer a vida. Estava a caminhar para minha casa, o meu lar, onde pertenço. Talvez aquele homem não sinta que tenha um lar...

Insegurança.



Porque esperas?
O que temes?
Faz o que quiseres,
Não me feres.

Não agora
Estou protegida,
Não vais conseguir
Tocar na minha ferida.

Dá a cara
Não me metes medo
O que é que tens para dar?
Ainda é demasiado cedo?

Não te temo
A mim já não me afectas.
Podes virar as costas
Não te atrevas

Estou pronta para ti
Aqui te espero
De braço abertos
E tudo eu tolero

Não és um inimigo
Não agora
Finalmente chegou o momento
Chegou a hora

Vamos ver quem é
O verdadeiro monstro desta história
E lembra-te que só os vencedores
Ficam na memória.

Insegurança dizes tu
É o teu nome verdadeiro?
É esse o teu nome?
Mostra-me o teu paradeiro.

Estou aqui para te vencer
E nada te tenho para oferecer

A ti eu te matei,
E de ti me livrei.

Apaguei-te da minha memória
E acaba aqui a história.


Segura.

O teu toque prende-me, e digas o que disseres não o consigo evitar. O teu olhar prende-me a ti, e não me deixa virar-te as costas por mais que queira. Não me assustas, não me afugentas, não tenho medo, sinto-me segura. Sinto-me tão bem nos teus braços. Não saias daqui, a tua presença conforta-me. Não te vi o dia todo, e no entanto agora estás aqui, ao pé de mim. A tua respiração, o teu toque, o teu beijo, só o facto de estares aqui. És tão importante. És a minha droga, o meu veneno, que me mata e me vicia ao mesmo tempo. Dás-me força. Entrei em transe, a tua presença devora-me, mas sabe tão bem. Nada importa agora, estás aqui. Ouve a minha respiração, sente a minha pulsação, escuta o meu coração.
Descontrolas-me, e no entanto tens-me sob controlo. Não deixes esta sensação desaparecer. Voa. Os teus lábios são tão doces, e sabes sempre como me beijar. Os meus olhos brilham quando olho para ti, e as tuas mãos agarram-me. Sinto-me tão segura. Adoro-te. Obrigado por me fazeres feliz.

09 June 2010

Ano lectivo.

A realidade é que este ano lectivo foi uma grandessíssima porcaria. Nada correu como eu queria, e deu tudo para o torto. Sejam amizades, sejam namoros, sejam notas, sejam chatices de turma. Tudo. O pouco que correu bem, acabou por acabar mal. Ansiosa estou eu por uma férias relaxantes, sem problemas ou idiotas para me chatear.
Para começar, no inicio do ano, a crises normais entre professores e alunos por não nos conhecermos. Quando finalmente nos conhecemos, e nos começamos a dar bem, o ano lectivo chegou ao fim. Foi um ano de muita confusão e irritabilidade. Discussões constantes, e acreditem ou não quase partiram para a violência física. Eu própria me exaltei em certas situações de descontrolo. Este ano não fiz metade daquilo que poderia ter feito, e tenho consciência disso, para o ano vai ser melhor. E não o digo por dizer. Muitas das pessoas que me tiram do sério vão desaparecer e o mais provável é já estar a fazer algo que me agrada durante o ano lectivo, TEATRO. Devo confessar que das poucas coisas que me deu alento para continuar foi mesmo o meu grupo de dança, e mesmo assim, até aí houve problemas. Mas o que passou, passou. E agora, poderia dizer que finalmente estou de férias, mas não. MENTIRA! Tenho de ir estudar geografia, e muito. Ainda vou ter exame. O pensamento tem de ser positivo. Daqui a 13 dias estou de férias. Há que me esforçar agora! Bem, vou estudar, e lá se foi o meu texto sobre o meu ano lectivo. Também para como ele foi, acho que o melhor mesmo é esquecer.

07 June 2010

Não chores.

E aqui estou eu ao telemóvel contigo, e tu choras, e perguntas-me como podes mudar as coisas. Não há maneira, e acredita quando te digo que o problema não é teu. Dizes o quanto sou especial para ti, mas não sabes metade da minha vida, nem conheces metade do meu ser. Não preciso de mais ninguém a atrapalhar a minha vida, e não me interpretes mal quando o digo, porque apesar de não o fazeres por mal, só estarias a fazer-me sentir pior por não conseguir retribuir aquilo que sentes. Pedes-me para pensar melhor, mas não há nada para pensar, não há nada para dizer, tudo aquilo que tinha para dizer, disse-te anteriormente tudo aquilo que precisava. Tu não queres compreender aquilo que te digo. Não compreendes quando te digo que não sinto aquilo que me dizes sentir. O meu coração não palpita quando te vejo, a minha respiração não acelera, e não sinto o meu estômago às voltas. Não podes escolher de quem gostas, e eu também não tenho essa hipótese. Não leves a mal o facto de te estar a partir o coração, mas se continuasse não te partiria o coração mas sim o teu ser. Faço-o para te proteger de te magoares. Mas tu continuas a chorar, e as perguntas não param. Só te posso dizer que o meu coração não está disponível. Independentemente daquilo que tenhas para oferecer, não tem a ver contigo. Tem a ver comigo e aquilo que sinto. As tuas lágrimas nada vão mudar, e não penses que sou fria. Mas nunca vai passar disto, não chores.

Não compreendem.

Há quem não compreenda a minha maneira de agir e pensar. Há quem não perceba o porquê de certas coisas que digo. Não percebem o porquê de não me sentir bem neste momento, de não estar cá a fazer nada, de ser mais uma que aqui anda perdida. Quero que percebam as minhas decisões e que oiçam aquilo que digo. Quando digo que não faço falta, é porque é isso que sei. Quando digo que não estou cá a fazer nada, é porque não estou.
Eu posso até estar bem por momentos, mas no fundo não é aqui que eu pertenço, e para o descobrir, preciso de pôr fim àquilo que chamam vida. Não sou maluca, não. Guio-me por aquilo que sinto, e sigo aquilo que a minha mente diz. A minha vida está tão perdida, como aqueles que vagueiam pela rua sem destino. Eu não pertenço aqui e não há nada que aqui me prenda. Aqueles que amo, viverão bem sem mim. Não chorem porque parti, sorriam porque existi, e quando finalmente partir, estarei feliz.

Ou talvez arranje qualquer coisa que me faça sentir bem aqui, e não parta.

06 June 2010

Só nós.

Beija-me com esses teus lábios que quero arrancar e não deixes este momento fugir. Fica comigo, e faz com que a tua presença se sinta. Olha-me nos olhos, e permanece em silêncio. Não digas nada, deixa os teus olhos falarem. Olha à volta, só aqui estamos nós, agora concentra-te em mim, e no poder da nossa atracção. Não passa disto, um jogo de lábios e corpos, uma atracção sem fim que nos leva por um caminho de perdição e paixão. Deixa-te levar, não penses, somos só eu e tu. As tuas mãos percorrem as minhas curvas e os teus olhos fixam-se na minha boca. Sei bem como te sentes, eu sinto o mesmo. Deixa que este momento te consuma, e sente tudo como sinto.
Este momento é só nosso, não deixes ninguém estragar isso. Ninguém sabe, o segredo é só nosso, e ninguém vai saber. Deixa o pecado entrar em ti, olha para mim. O risco está claro nos teus olhos, e o medo de sermos descobertos, mas a tua expressão de emoção mostra o quanto me queres.
Deixa-te levar, somos só nós os dois.

03 June 2010

Ao teu lado.

Tantas vezes aquilo que procuramos está ao nosso lado. Na cadeira ao lado, na casa ao lado, na sala ao lado. No nosso olhar, nas nossas mãos, no nosso toque. Nós procuramos em todo o lado algo que nos faça feliz, e mesmo que a felicidade esteja a respirar em cima de nós não a conseguimos ver. É idiota. Viramos o mundo ao contrário à procura de alguém ou alguma coisa que faça valer a pena a nossa existência, que nos dê carinho, nos faça sorrir, nos faça chorar de alegria, esteja presente, não nos abandone, nos faça sentir bem. Procuramos e experimentamos tudo, e a realidade é que nada serve, e aquilo que serve não encaixa. A nossa felicidade não foi feita para ser desperdiçada com aquilo que serve, mas sim utilizada com aquilo que completa, que encaixa, que faz sentir saudades. A nossa felicidade não foi feita para sentir falta pela rotina, mas sim para sentir falta porque é algo importante. E olhando para tudo isto, nada mais parece importante, porque naquele preciso segundo, eu olhei para o lado, e por surpresa minha, encontrei uns olhos, que não só serviam, tal como encaixavam e completavam o meu olhar. E neste preciso momento em que os nossos olhares encaixaram, eu senti-me feliz. Não sei o que és e honestamente não quero saber, mas fazes-me sentir bem e calma. E por momentos o teu toque sabe bem...