24 February 2010

O que é que se passa?

O que é que se passa? É a pergunta que toda a gente me faz, e à qual eu não sei responder. Eu própria não sei a resposta, sinto uma revolta dentro de mim, que me tira a vontade de permanecer acordada. Dizem-me que sou fraca, e até doida, mas jamais se puseram na minha pele, nem sequer por um segundo, para pensar como ficariam se se sentissem como eu me sinto, consumida por dentro. E dizem para me acalmar, e eu tento, juro que tento, mas é tudo tão complicado onde eu estou. E a calma por vezes torna-se inalcansável. Sinto falta, tanta falta, de me sentir totalmente em paz comigo mesma, coisa que não acontece á muito tempo, e não sei sinceramente quando é que vai voltar a acontecer, só sei que sinto falta e que estou a fazer os possíveis para voltar a ser como eu era antes. Uma rapariga bem disposta, que não ouve ninguém, e que vive a vida como se cada dia fosse o último. Era assim que eu me sentia, e não sei como é que me transformei esta rapariga assustada, que não consegue ouvir ninguém por mais que queira, e que vive todos e cada dia com medo de cada passo que dá.

10 February 2010

Do dia para a noite.


Foi assim, do dia para a noite. Aquilo que sentia por ti, alterou-se de tal forma que não sou sequer capaz de olhar para ti. O que é que ganhaste com isto? Este amor teve um fim, um fim repentino, mas a realidade é essa. Não vou sofrer mais, andei a fazer figura de parva, e acreditei naquilo que sentias. Mas hoje eu já sei tudo, e sei o que não mereces. Diz o que quiseres, tudo mudou de uma forma brutal na minha cabeça.
Matei-me por ti, fiz de ti o centro do meu mundo, e ao primeiro erro deixas de me amar? Conta outra história, não sou como muitas que acreditam em tudo o que lhes dizem. Eu já não sofro mais, eu sou feliz agora. Uma coisa tenho de te agradecer, obrigado por me teres feito feliz, em tempos, e por me teres aberto os olhos.
O meu coração vai ficar fechado, e tão depressa não vai entrar ninguém, não por respeito a ti, mas por uma lição de vida que me ensinaste. Não sou vítima nesta história, sou só mais uma. É triste saber isto, eu sei. E acredita que já me torturei por de mais com esta história. Mas apercebi-me que gosto demasiado de mim, para me continuar a rebaixar desta maneira.
Aquilo que te dava não chegava para ti? Pelos vistos não, pelos vistos dar-te tudo aquilo que sou, e todo o meu amor não é suficiente. O mundo? Também to dei. Foi apartir do momento que disseste que já não me amavas que tudo mudou, e eu me apercebi do que andava a fazer. Estava disposta a dar a minha vida por ti, porque és mais importante que o meu mundo, que o meu sorriso.
Escolheste outro caminho, espero que estejas feliz assim, já te disse que não quero pessoas infelizes comigo. Agora segue o teu caminho, e não pares para olhar para trás, porque quando eu olhei para trás fui rebaixada a um nível humanamente impossível, e levei uma facada no coração. Já o cosi, não voltas a rompe-lo, te garanto. Não olhes para trás porque eu já fui embora.
Arrependimento? Também ficou no passado. Os meus "desculpa" não te serviram de nada, para ti nada chega. Lamento. Amei-te, é a única coisa que te posso garantir.

06 February 2010

Abstracto ou concreto?

Quando estamos na presença de amor verdadeiro não o vemos, não lhe conseguimos tocar, e por vezes não temos sequer certeza da sua existência. É para nós algo abstracto. Entregamo-nos aquilo a que gostaríamos de poder chamar amor, e ter a certeza daquilo que estamos a falar. Entregamo-nos de alma, espírito e coração. E enquanto nos encontramos nesse estado de entrega não nos apercebemos do significado daquilo que é realmente o tão falado amor.

Quando acaba é como se nos arrancassem o coração, e tudo aquilo para que tínhamos trabalho, e aquilo que tínhamos construído morre. Sentimos uma faca a penetrar o nosso peito, vezes sem conta, corta-nos a respiração, e sentimo-nos, como se alguém estive a apertar o nosso pescoço, na tentativa de acabar com a nossa vida. O nosso sistema nervoso dispara como uma bala acabada de sair da pistola. Aquilo que sentimos torna-se concreto, conseguimos senti-lo a ao olhar para a nossa imagem reflectida no espelho apercebemo-nos que aquilo que sentimos, faz parte daquilo que sentíamos e não conseguíamos definir. O nosso corpo sente tudo na pele, e sente-se revoltado por ter dedicado tanto tempo a um amor que terminou de uma forma tão ridícula, pois qualquer amor verdadeiro não termina do dia para a noite, pelo menos o amor verdadeiro.

A dor aumenta quando nos apercebermos de que aquilo que sentimos afinal talvez não tenha sido assim tão correspondido. Aumenta de tal forma que não aguentamos estar vivos, e a nossa única vontade é terminar com o sofrimento, com a vida. A verdade é que essa dor nos faz sentir de tal maneira vivos, mas da pior maneira.

Não fiques sentado/a à espera da tua ruína. Luta, luta por aquilo que amas, luta por aquilo que te faz sentir vivo/a da melhor maneira, aquilo que enquanto se mantêm abstracto só te traz felicidade e te enche o peito de ar como nunca o sentiste. Não te deixes abater, não te tornes covarde. Age, reage, actua. Se depois da luta, não alcançares os teus objectivos, encontra outra felicidade, uma que te faça sorrir da mesma maneira, e que te faça feliz. E depois, depois senta-te, respira, e sê feliz!

03 February 2010

O tempo voa.

A vida que começou ontem já hoje está a terminar porque o antigamente é o para sempre, o tempo não espera por ninguém e as oportunidades escapam. Há quem espere pela oportunidade certa, mas quem nos garante que a oportunidade certa não é o agora ou se haverão outras, melhores ou piores? Ninguém sabe, porque a vida é algo
constante que não podemos controlar totalmente.

A vida é o aqui e o agora, a surpresa do amanhã e a incerteza do para sempre. O pensamento é para ser partilhado no momento e os medos deixados para trás, pois tudo isto que vivemos é um sufoco para o medrosos impedidos de viver. Devemos deixar todos os receios, conviver e aproveitar todos os momentos do para sempre.

Os momentos terminam, as memórias permanecem e o para sempre fica, impossível de eliminar.