02 December 2009

Quem sou eu?

Quem sou eu? Só eu sei responder, e mesmo assim por vezes tenho dificuldade. Sou uma inconstante, a incerteza do momento, o desconhecido. Sou a euforia do momento, e o medo no escuro. Sou a incógnita de todos os que me conhecem. Sou o sorriso mais brilhante, e a lágrima mais triste. Sou o oposto de mim mesma, e a minha alma gémea. Sou a loucura, o momento mais louco da minha vida, e o mais apaixonado. Sou o tudo e o nada. O momento no segundo. Sou aquilo que poucos conhecem, e que ninguém conhecerá totalmente. Sou a falta de paciência e toda a atenção do mundo junta. Sou a paixão, carinho e amor culminado, e o ódio, raiva e nojo juntos. Odeio e amo. Eu sou o olhar mais brilhante e a sombra mais escura. Sou a pior criminosa e a melhor amiga. Cometo crimes por amor, e vivo sem medo do amanhã. Sorrio, quando preciso e quando não quero. Choro sempre que quero, sou sensível e sou de ferro. Tremo com discussões e sou a mais forte oponente. Sou a melhor amiga e a pior inimiga. Sou vingativa e não quero guerras. Sou brincalhona e o mais sério dos seres. Canto e grito. Corro e deito-me. Eu sou...

Quem sou eu? A pergunta mais complicada, que mexe comigo todos e cada dia. Pergunto-me, quem sou? Sou tudo isto. Sou uma variedade descomunal de coisas intermináveis e infínitas. Sou a vida e a morte. O movimento e a pausa. A alegria e a tristeza. A existência e a falta de. A saudade e a falta de capacidade para suportar. Eu sou cada grito ouvido ao longe, vindo da terra do nunca, do lugar das princesas e dos monstros. Um lugar sem compreensão tal como eu.

Eu sou... a eterna incógnita.

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