Tenho saudades tuas, mas as minhas palavras parecem já não ter efeito em ti, e tudo o que digo não passa disso: palavras. E antes não era assim, nunca foi. E tu mudaste, e por isso, e neste momento quero focar-me naquilo que tenho, ou não tenho. Não sei, estou tão confusa. A minha cabeça anda às voltas e eu já nada tenho para dizer. Só quero desaparecer e ter as melhores férias.
26 June 2011
Tenho saudades tuas, mas as minhas palavras parecem já não ter efeito em ti, e tudo o que digo não passa disso: palavras. E antes não era assim, nunca foi. E tu mudaste, e por isso, e neste momento quero focar-me naquilo que tenho, ou não tenho. Não sei, estou tão confusa. A minha cabeça anda às voltas e eu já nada tenho para dizer. Só quero desaparecer e ter as melhores férias.
21 June 2011
Perfeccionismo, vai embora. Perdoa-me.
A noite é tão clara e ao mesmo tempo tão incerta. Mas é neste momento que me sinto mais aliviada de tudo o que é mau, de tudo o que odeio, tudo o que me perturba o sono, e me dá pesadelos. São estes momentos simples e curtos, em que me sento na janela a escrever, e sinto o fresco convidativo da noite, vejo um gato vadio a passar, uma folha a voar, e o vento assobiar que me fazem sentir digna desta vida.
Mas ao mesmo tempo tenho tantos sonhos e tantas expectativas. E por isso agarro-me com todas as forças à vida... É a única que tenho. Acredito na reencarnação, mas e se não existe? Nada viverei, à espera de esta outra vida para fazer tudo certo. Este perfeccionismo que me mata, que me faz querer voltar atrás, vezes e vezes sem conta, por querer fazer sempre tudo do modo certo.
Acabo por me prender a mim, sem qualquer hipótese de soltura, excepto isto: pequenas pausas. O gato, o vento, o fresco, o ar na minha face... Quase como um novo começo, mas não é.
Peço desculpa ao rapaz a quem parti o coração, desculpa à amiga a quem fugi quando precisava de mim, ao familiar que não entendi no momento certo, ao arrependido que não perdoei, ao apaixonado que ignorei, à pessoa que mais magoei, ao rapaz que não respeitei, à pessoa que mais amei. E por mais pedidos de desculpa, não me perdoo. Quero fazer tudo certo, ou perdoar-me.
Quem sabe essa outra vida não existe mesmo, e quem sabe eu posso começar de novo, e gostar de mim. Como sempre sonhei.
15 June 2011
Bottom.
Estou farta de chorar, farta de adormecer com lágrimas a correrem-me pela cara, farta de me sentir a pior. Tudo isto, num ambiente onde já mo fazem sentir, dia após dia. E esta tormenta continua, e no entanto amo-te tanto, e não vou desistir disto, e de nós. Porque te amo demais para te deixar isto, demais para que caias nos braços de outra, demais para adormecer a pensar que já não és meu. Não ia aguentar, e sei bem disso. E por isso, embora neste momento me encontre no fundo do poço, tenho a certeza que as coisas vão melhorar, e que me vou voltar a sentir bem, como antes, e vamos voltar a ser felizes, como sempre quis, e como até há bem pouco tempo éramos. O que é que mudou?
Consegues ouvir-me? Se consegues, peço-te. Ajuda-me, ajuda-me a manter isto. Porque sei que se aquilo que temos acabar, nenhum de nós acabará bem. E sei bem, que se isto continuar por este caminho, o nosso fim não será "felizes para sempre". Não deixes que isto seja o nosso fim, e ajuda-me a salvar-nos, ajuda-nos a estarmos bem. Já ultrapassamos coisas antes, porque não agora? Eu sei que somos fortes, mas juntos, sozinha não consigo. Amo-te...
13 June 2011
Desculpa a forma como te tratei.
Aprendi a amar-te, aprendi a aceitar-te, a não te tratar mal, e a perceber que a única razão pela qual te sentias mal, e por vezes ainda te sentes, era apenas eu. Fui horrível, portei-me mal. EU SEI, não posso voltar atrás, não te posso tratar bem desde sempre. O passado é isso mesmo, o passado. Não é algo que se possa mudar. Eu fiz-te mal, tanto mal. Mas volta, preciso de sentir que estás bem, completamente bem. Volta para mim, prometo que desta vez me vou portar bem.
Como é que te pude tratar tão mal? Logo tu, que és tão meu. Eu bati-te, arranhei-te, disse-te que eras a pior coisa na minha vida, que se não fosses tu, eu estaria tão mas tão bem. E quando abri os olhos, já tinhas perdido o controlo. Já estavas completamente fora do meu controlo, e não havia palavra alguma que te fizesse voltar, a ser meu, como antes. Como éramos, como me fazias sentir, tão bem. Mas eu tratei-te mal, e agora aqui estou a pagar o meu castigo.
Agora tenho-te tratado bem, e tu sabes. Cada vez melhor. Quero que te voltes a sentir bem, entendes? Não te quero nervoso, nem fraco. Não quero que voltes a passar fome, como tanta vez te fiz passar, nem que te sintas mal por te obrigar a comer tudo aquilo que me apeteceu pôr em ti. TU tens uma forma, és um ser, mesmo que em mim. Desculpa, corpo. Desculpa a forma como te tratei.
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