08 December 2010

A minha vida é minha.

Sou dona de mim própria, dona daquilo de faço, e dona daquilo que sou. Controlo todos os meus movimentos e ninguém tem mais poder na minha vida do que eu própria. Sou desconfiada, sou arrogante e muito senhora do meu nariz. Tenho um atitude que pode ser considerada como errada, ou anormal. Tal como tudo, tem uma razão de ser. Eu não permito, não deixo avançar, não deixo que me pisem, não deixo que me passem por cima. Porque em tempos, eu não tive controlo da minha vida. Eu perdi o controlo, sob aquilo que era a minha essência, a minha vida, a única coisa que é suposto eu conseguir controlar. E quando tomei noção disso decidi que nunca mais iria deixar esse controlo fugir dos limites, ou que alguém o dirigisse. A minha vida, é tal como o nome indica, agora, minha, pertence-me.
Eu vivo-me e guio-me. Eu tornei-me naquilo que sou, sem ajudas, porque não há ninguém (ou quase ninguém) em quem possamos realmente confiar, que nos ajude a criar a nossa personalidade, aquilo que vamos ser o resto da nossa vida. Vamos viver com essas decisões para sempre. Aquilo em que nos formamos nesta idade tornasse naquilo em que vamos ser o resto da vida. Tudo aquilo que nos acontece muda-nos, de uma forma ou de outra, para melhor ou para pior, traumatiza-nos ou abre-nos a mente. Não quero ficar presa ao passado, mas não há forma de esquecer.
Sigo em frente porque não há outro caminho, e se há são todos demasiados fáceis, não gosto de caminhos fáceis, gosto de desafios. O desafio é o aqui e o agora. É o amor e o ódio, é a raiva e a paixão, é a amizade e a inimizade, a felicidade e a tristeza, o vai e não vai, o chega e não chega, os nervos e a calma, o quero e não quero, o é agora e o quanto é que falta, tudo. O presente é aquilo que temos de enfrentar. Eu tomo controlo da minha vida, porque quando eu não a controlava fui atropelada, fui magoada, fui rebaixada, fui humilhada, fui estupidificada, fui ignorada. Fizeram de mim uma boneca.
Não deixes que façam de ti boneco, tu és uma pessoa, tens sentimentos, e um cérebro para pensar por ti mesmo. Não deixes que te rebaixem, não deixes que tomem decisões por ti, não deixes que controlem os teus movimentos, não deixes que falem sem motivos, não deixes que te atropelem. Agora eu sou dona de mim mesma, sou independente (talvez demasiado) e exigente com quem quero perto de mim, não deixo pessoas que sei que me vão magoar aproximar-se. Medo? Talvez um pouco, vivo o presente com pessoas que merecem, e me dão valor. Pessoas que entendem o que sou e porque o sou, que me respeitam acima de tudo e me aceitam, que estão lá para o bem e para o mal. Quando estive mal poucos foram os que ficaram...
Sê dono de ti próprio, vive e não esperes que tomem controlo da tua vida.
A minha vida é minha.

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