Eu continuo a sorrir, continuo porque o que me dói é o físico e não o interior. Por isso, sorrio. O meu interior está bem, e considero as dores físicas. Tendo também a agravante psicológica, quanto mais pensar nas dores, e em como me sinto mal, mais dores terei, e eu quero continuar a sorrir. É isso que é esperado, que eu seja forte para ultrapassar toda e qualquer dor. Eu tenho de ser de ferro e aguentar a dor que me consome e corrói por dentro, é só físico. E tento convencer-me disto mesmo, que a dor não afecta o meu estado de espírito, e cada vez acredito menos naquilo que digo a mim própria. Eu engano-me, de modo a poder enganar outras pessoas, e ser feita de ferro. Eu continuo a sorrir, porque é essa a minha missão, as dores são minhas e não de outra pessoa. Se eu não for de ferro, vou acabar por afectar a perfeição da harmonia daqueles que me rodeiam. Não posso, nem podemos, ser egoístas a este ponto.
Mas por outro lado, eu não posso fazer sempre aquilo que é esperado, posso fraquejar por momentos, cair, e ninguém me pode criticar pela minha maneira de agir ou pensar, eles não sentem o que eu sinto, não vêm como eu vejo, não conseguem entrar na minha cabeça, não pensam como eu penso. Hoje autorizo-me a ir um pouco a baixo e queixar-me daquilo que sinto, mas nem todos os dias é assim, nem todos os dias posso ir-me abaixo e fazer com que o resto do mundo venha comigo. As minhas teorias baseiam-se em querer manter todo o mundo com um sorriso, mas por vezes também falho, e ninguém me pode criticar. Deixem-me viver, e cair em erro, as vezes que forem necessárias.
Vou ou não vou? Faço ou não faço? Digo ou não digo? São decisões minhas, toma as tuas.
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