17 January 2011

Futuro?

Preciso. Preciso desse tempo que parece não chegar, preciso desse futuro tão presente que demora a chegar. Preciso desse carinho que sei que existe. Preciso desse futuro, preciso, preciso, preciso. O verbo precisar representa necessidade, não é apenas uma questão de querer. É o precisar que preciso, que necessito, que tenho de ter. Esse futuro com que sonho, esse futuro que insiste em não chegar, esse futuro que preciso tanto. Esse futuro que se arrasta. Tenho esse futuro tão sonhado, tanto nevoeiro, tanto amor, tanto tempo passado que ainda não chegou a passar e duvido que passe, ou talvez até passe e seja só pessimista. Impulso, muito impulso, impulso de querer tanto esse futuro que não sei se vai existir. Futuro, futuro, futuro, não me passa mais nada pela cabeça ultimamente. Esta palavra que por ter sido repetida tantas vezes já deixou de fazer sentido, esta palavra que se tornou estrangeira por ser utilizada em demasia.
O tempo vai chegar, não vai? Diz que sim. (Diz quem? Quem é vai adivinhar?) Esse futuro próximo, distante, o mais importante e indiferente. Esse futuro que se calhar nem vou precisar, ou já não vou querer quando chegar. Tão inútil e tão importante, tão preciso e tão indiferente.

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