17 August 2010

Raiva.

Talvez devesse apenas ficar feliz por estares completo, e teres alguém que pelos vistos te ama como dizes que nunca te amei. Talvez devesse apenas ficar com um sorriso na boca, e dar-te os parabéns.
Dei por mim a rever memórias em que provavelmente não deveria ter mexido, memórias que me fizeram lembrar-me de coisas que não queria. Memórias que fizeram despertar a mágoa que ainda existe em mim, a mágoa de ter acabado tudo assim.
Será mágoa? Será ciúme? Será amor? Eu sei que cada vez que te vejo o meu coração dispara, e a minha única vontade é espancar-te até não poder mais. Eu já não te amo, disso tenho a certeza. Mas porquê esta minha reacção? Eu fico feliz por não te ter por perto, e no entanto dou por mim a remexer nesta memórias. Textos que escrevi, fotos que tirei, momentos que passamos, discussões, palavras queridas, expressões perfeitas, sorrisos estampados na cara. Sinto-me tão mal porque não saber porque ainda te odeio assim. Por esta altura já deveria ter passado a fase do ódio. Mas cada vez cresce e cresce mais...
E no entanto sei que já te amei, magoaste-me, mas não foste má pessoa, também não foste boa, mas penso que não fizeste por mal, não foi com intenção. Dói tanto, a ferida ainda está muito aberta. Entreguei-me a ti, de corpo, alma e coração. As coisas acabaram (há séculos), e continuo a sentir-me assim. Só quero que desapareças de uma vez dos meus pensamentos.
Foste egoísta, foste egocêntrico, foste um idiota de primeira comigo, também não fui melhor. Desculpa, odeio-te.

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