07 June 2010

Não chores.

E aqui estou eu ao telemóvel contigo, e tu choras, e perguntas-me como podes mudar as coisas. Não há maneira, e acredita quando te digo que o problema não é teu. Dizes o quanto sou especial para ti, mas não sabes metade da minha vida, nem conheces metade do meu ser. Não preciso de mais ninguém a atrapalhar a minha vida, e não me interpretes mal quando o digo, porque apesar de não o fazeres por mal, só estarias a fazer-me sentir pior por não conseguir retribuir aquilo que sentes. Pedes-me para pensar melhor, mas não há nada para pensar, não há nada para dizer, tudo aquilo que tinha para dizer, disse-te anteriormente tudo aquilo que precisava. Tu não queres compreender aquilo que te digo. Não compreendes quando te digo que não sinto aquilo que me dizes sentir. O meu coração não palpita quando te vejo, a minha respiração não acelera, e não sinto o meu estômago às voltas. Não podes escolher de quem gostas, e eu também não tenho essa hipótese. Não leves a mal o facto de te estar a partir o coração, mas se continuasse não te partiria o coração mas sim o teu ser. Faço-o para te proteger de te magoares. Mas tu continuas a chorar, e as perguntas não param. Só te posso dizer que o meu coração não está disponível. Independentemente daquilo que tenhas para oferecer, não tem a ver contigo. Tem a ver comigo e aquilo que sinto. As tuas lágrimas nada vão mudar, e não penses que sou fria. Mas nunca vai passar disto, não chores.

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