29 May 2010

Noite.

A noite caí, o escuro possui-me. Fico louca, solto todos os meus medos, e dedico-me à vida. Faço tudo o que quero e ninguém manda em mim. Faço o que quero, quando quero, com quem quero. Não há julgamentos, não há maus momentos, não há choros. Eu tenho a perfeição em mim, e no meu estado de espírito. As luzes brilham, e iluminam-me. As estrelas gritam-me, e divertem-se como nunca. Tudo acontece, e tudo permanece em segredo. A vida corre bem, o mundo é perfeito. Os meus extremos de euforia estão em altas. As hormonas gritam por diversão, e o meu corpo dança, dança a noite toda, e corre, como se nada o afectasse. A vida corre e grita, mas tudo acontece, e é isso o importante. Sou diferente, tal como durante o dia, mas à noite ainda mais. Torno-me invencível, inesquecível, incomparável e inigualável. A luz, a vida, a noite, o escuro, a euforia, a magia, a química, e a felicidade vivem em mim. Sítios que não conheço tornam-se sítios habituais de convívio. Tudo gira, nada pára, e o meu corpo parece não sentir nada. Sinto-me em êxtase, sinto-me viva, sinto-me a cair de uma forma tão agradável que só me apetece gritar. Ninguém magoa, ninguém trai, à noite tudo se transforma. Ninguém chora, ninguém engana, ninguém se mata, ninguém assalta, todos vivem a luminosidade do escuro. E no fim da noite, quando tudo acaba, e tudo foi feito, e nada contado... Eu acordo, e volto para o meu dia a dia. Mais um sonho, mais uma noite bem passada.

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